Um segundo e a vida se vai. Em um instante se está e no outro já se foi. O presente se mistura com o passado e com futuro em questão de segundos. Essa é a beleza e também a dor da vida. Apesar de todas as tecnologias, de todas as descobertas ao longo de séculos e séculos e mesmo o homem carregando em si a sensação de que é imortal, a todo momento a finitude da vida se apresenta cara a cara para mostrar o quão frágil o ser humano continua.
A pandemia, com os seus horrores, foi uma clara mensagem da vulnerabilidade de que todos são feitos. Mais do que nunca ficou evidente que o homem não tem controle de nada, que não tem controle da própria vida, que se esvai em um piscar de olhos.
Por isso, mais do que nunca o carpe diem está atual. É preciso se conscientizar de que a vida é o agora, que do amanhã nada se sabe e ninguém tem domínio. O fazer, o ser, o realizar, portanto, deve ser hoje. O amar urge, a felicidade é um destino a ser atingido. E os sonhos? Ahhh, os sonhos... Esses são a essência da vida.
Então, nada de guardar sonhos, de adiar planos, de planejar demais, de sempre aguardar o momento que se acredita ser o certo.
O certo mesmo é desembrulhar os sonhos, que nada mais são do que presentes, e vivê-los. Porque o amanhã não espera por ninguém e, como diz o grande Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Todos os dias a vida pede passagem, a todo o momento ela clama para ser vivida, é preciso saber ouvir... Curta, longa, não importa. O que vale mesmo é a intensidade com que se vive, como cada um se realiza nas aventuras e desventuras ao longo do caminho. Só quem se entrega por inteiro à missão de viver pode chegar ao fim da jornada e se sentir com o dever cumprido.
Que a fragilidade do viver não seja obstáculo para se entregar a essa missão, antes, seja mola propulsora empurrando o ser humano de encontro aos seus anseios, à felicidade, porque é isso que, ao final, se leva da vida: o ser feliz. Essa é marca que fica como pegadas a serem seguidas.