Quase 28% dos montes-clarenses ainda não quitaram o licenciamento de automóveis de 2018. Em todo o Estado, o número de inadimplentes chega a 3,4 milhões. Não pagar os impostos, além de implicar em grande dor de cabeça para o condutor, que pode ser multado, perder pontos na carteira e ter o carro recolhido, significa deixar mais minguados ainda os cofres públicos dos estados. Só com os não pagantes de Montes Claros, a maior cidade do Norte de Minas, a receita estadual deixa de arrecadar até agora R$ 24,7 milhões.
A caça aos motoristas inadimplentes tem início neste domingo, quando as autoridades de trânsito começam a cobrar, em blitz, a documentação em dia para os proprietários de carros com placas finais 1,2,3,4 e 5. Os demais carros, com placas terminadas em 0, 6, 7, 8 e 9, passam a ser fiscalizados a partir de 1º de agosto, data-limite para estar em dia com o documento.
Portanto, para quem ainda não quitou os impostos, não vale arriscar. O custo e o desgaste são bem maiores caso o condutor irregular seja flagrado em uma fiscalização. A multa é de R$ 293,47 e o carro é recolhido, deixando o motorista a pé.
Vários podem ser os motivos para deixar de pagar o imposto, ainda mais em tempos de crise econômica, em que famílias enfrentam o desemprego e a inflação. Mas, quando se adquire um carro, é preciso entender que mantê-lo implica em custos com impostos e manutenção. Essas despesas devem ser incluídas nas planilhas orçamentárias da família. Os recursos são utilizados para ações no Estado que, no caso de Minas, enfrenta uma grande crise financeira.