Reforma mantém poderio de políticos

11/10/2017 às 00:39.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:10

A tímida reforma aprovada na última semana a toque de caixa na Câmara e no Senado e sancionada pelo presidente Michel Temer revelou, novamente, o corporativismo da classe política ao manter regras que privilegiam, por exemplo, candidatos endinheirados. Um dos principais articuladores para a manutenção do autofinanciamento – sem limites – foi o milionário presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) que, em 2010, doou R$ 1,63 milhão em recursos próprios ou de suas empresas para a campanha que o elegeu ao Senado. 

Rei da soja 
O senador Blairo Maggi (PP), atualmente ministro da Agricultura, foi o maior financiador da própria campanha que o elegeu ao Senado em 2010, com R$ 782,8 mil. 
 
Relator 
Em evidência após assumir a relatoria da segunda denúncia contra Michel Temer, o deputado tucano Bonifácio de Andrada (MG) também integra a fila de parlamentares endinheirados: doou R$ 813 mil para a própria campanha em 2014. 
 
Distorções 
O deputado petista Henrique Fontana (RS) defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “corrijam o que chama de distorções e vetem o autofinanciamento livre e as altas contribuições de pessoas físicas”. 
 
CAIXA preta
Continua o mistério na Caixa sobre patrocínios para eventos nos últimos anos. A Coluna perguntou e a assessoria se limitou a informar que estão no D.O. Não bastasse a preguiça oficial, a malemolência da mesma resposta se estendeu até ao serviço da Lei de Acesso à Informação.
 
Basta 
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirma à Coluna que o País vive a crise “mais delicada” de sua história ao defender o pedido de impeachment do presidente Michel Temer apresentado pela entidade em agosto. O advogado, que presidiu a OAB à época do governo Lula, critica as reformas e a venda de estatais empreendidas pelo governo do peemedebista. “É preciso dar um basta”, resume. 
 
Janot 
Cezar Britto avalia que o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exagerou demais na saída do cargo: “Segurou processos e exagerou perdendo a credibilidade que teria se tivesse agido com mais calma – sem muito açodamento”. 
 
Dodge 
O ex-presidente da OAB afirma esperar que a sucessora de Janot, Raquel Dodge, “reconheça a importância da defesa das pessoas e acabe com essa lógica que todo mundo é culpado até que se prove o contrário”. 
 
Mal do Brasil
Em qualquer país do mundo a tragédia da creche de Janaúba (MG) seria tratada como atentado terrorista. Em vez disso, as autoridades não apareceram para confortar a família dos pequenos que se foram. O presidente da República se escondeu no Palácio. O governador Pimentel passou por lá. 

  

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