Brasil e Israel

04/06/2021 às 01:14.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:06

Uma vitória dos Bolsonaro nas relações internacionais. Promessa pessoal do presidente da República ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o acordo de defesa assinado entre Brasil e o país do Oriente Médio em março de 2019 foi, enfim, aprovado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. A oposição (PT, PSOL e PCdoB) tentou derrubar com um “kit obstrução”. Segundo deputados da oposição, o governo busca tecnologia israelense para monitorar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e tratá-lo como grupo terrorista. Os governistas negam. Não há qualquer acordo firmado (ainda) de troca de tecnologia de espionagem.

Tentou
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) – que já presidiu a Comissão em 2012 – propôs emenda ao Acordo, o que é proibido para textos de acordos internacionais.
 
Batendo no peito
A conquista na pauta é capitalizada principalmente pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. A comunidade judaica no país acompanha a pauta.
 
Lá e cá
A oposição ao governo também não concordou em cravar oficialmente que o Hamas é uma organização terrorista, como reconhecida em outros países.
 
Gêneros
Ativista da bandeira gay, o deputado David Miranda (PSOL-RJ) foi cobrado por Van Hatten (NOVO-RS) por não condenar violações dos direitos humanos na Palestina contra homossexuais. Saiu-se pela tangente com crítica à privatização da Eletrobrás.
 
Tiro no pé 2
O governador Paulo Câmara recebeu a vereadora Liana Cirne (PT), agredida por policiais militares com spray de pimenta nos olhos no protesto de sábado no Recife. Ela lhe entregou uma representação contra a ação dos PMs nas manifestações anti-Bolsonaro. Para a petista, o governador é o chefe maior da PM e não poderia ter tomado atitude sem ouvir o comandante da PM. Isso quebrou uma cadeia hierárquica.
 
Carteirada
Mas a vereadora Liana Cisne não é uma vítima como quer se apresentar. Ela deu uma “carteirada” com o crachá da Câmara de Vereadores contra uma guarnição da PM que levava um detido para uma delegacia. Disse poucas e boas contra os policiais.
Fato é que...
...não há dúvidas de que o governador autorizou direta ou indiretamente tal operação. Fez um aceno político para a esquerda, mas não acompanhou os fatos como deveria.
 
Mão dupla
Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e aliado do governador, Humberto Costa (PT) pediu a apuração rigorosa das agressões feitas por integrantes da PM. A OAB-PE e a Força Sindical também se manifestaram. Policiais Militares estão descontentes e no quartel repetem que “vai ter troco”.
 
É um circo
A CPI da Pandemia no Senado continua campanha pura. Opositor e lulista, Renan Calheiros, relator, só faz ataques ao governo, e quer prender qualquer preposto de Bolsonaro. Senadores da oposição fazem show com script de “pegadinhas” para aparecerem nas redes sociais. E nada de investigar também – é pertinente o pedido – os 18 governadores que apelaram ao STF para não serem interrogados. Qual o medo?
 
Cadê o dinheiro?
A ida de governadores seria o teste para descobrir se o presidente Bolsonaro remeteu de fato bilhões de reais para os cofres dos estados e, na contrapartida, oportunidade para os governadores mostrarem se o dinheiro foi mesmo investido no combate à Covid-19 – e não em pagamento de folha atrasada ou de fornecedores sem ligação com a Saúde.
 
Revoltante
Não bastassem todos os dados oficiais de contaminados e mortes, e a escassez de vacinas, relatos de leitores dão conta de bares e pubs lotadíssimos no Sudoeste em Brasília, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Todos aglomerados e sem máscaras.

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