Fazendo o bem

Voluntários de Montes Claros exaltam a importância do voluntariado

Larissa Durães
Publicado em 31/08/2023 às 22:33.
O voluntário Pablo Alves Costa e algumas voluntárias da Cozinha Solidária (arquivo pessoal)

O voluntário Pablo Alves Costa e algumas voluntárias da Cozinha Solidária (arquivo pessoal)

Na última segunda-feira (28), o Brasil celebrou o “Dia Nacional do Voluntariado”, instituído pela Lei nº 7.352, de 28 de agosto de 1985. A data serve para refletirmos sobre a relevância do trabalho de pessoas que se doam, que dedicam o seu tempo, sua energia e talento de maneira espontânea e não remunerada em prol de causas sociais, motivadas por valores de participação e solidariedade.

Ainda no contexto brasileiro, a Lei nº 9.608, datada de 18 de fevereiro de 1998, define o serviço voluntário como “a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa”.

Em Montes Claros, nos últimos anos, o voluntariado vem aumentando, como explica o voluntário do projeto Cozinha Solidária, Pablo Alves Costa, de 28 anos. “Isso, porque quando você vê um restaurante popular fechando e os muros caindo, entende que se não pegar as rédeas da situação, pessoas podem morrer de fome e a população de Montes Claros vem assumindo os espaços deixados pelo poder público”, pontua.

“Essa experiência nossa da Cozinha Solidária foi expandindo e, hoje, temos cinco e todas funcionam com o trabalho voluntário. E é isso, é esse sentimento que leva uma pessoa a acordar cedo e cozinhar para várias pessoas que estão em insegurança alimentar nas periferias. É um lugar de esperança e de acolhimento”, completa Pablo. 

A pesquisa “Voluntariado no Brasil 2021” apresentou resultados otimistas, destacando que o envolvimento das pessoas com o voluntariado aumentou significativamente. No ano de 2021, o número de voluntários ativos no país atingiu 57 milhões. Em relação ao tempo dedicado a essa atividade, impressionantes 56% da população adulta afirmaram ter participado ou já praticado alguma ação voluntária ao longo de suas vidas.

Como Márlucia da Conceição Pereira que também é voluntária da Cozinha Solidária — “Ser voluntária me faz sentir muito bem. Para ela o projeto é muito importante, pois, é muito satisfatório contribuir com o serviço e ver as famílias que recebem a comida saírem felizes pelo alimento feito e doado por nós”, diz.

O voluntariado, segundo Pablo, pode se distinguir em princípios filosóficos ou religiosos. “Que são pessoas que possuem concepções de voluntariados com tendências catequistas, que pregam isto, a caridade, se doar para o irmão”. Mas, destaca que tem também o voluntariado da necessidade, da urgência, “que é aquele que no período da pandemia, por exemplo, com o cenário de fome, pela ausência do próprio município, ou do estado teve que agir”, completa. 

Breno Félix, morador de uma ocupação na cidade, agradece pelo “prato de comida” angariado por meio projeto e pelos voluntários. “Me sinto feliz por comer. E feliz por saber que tem quem ajuda fazer isso de forma voluntária. A gente vive feliz por isso”.

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