Volta à aulas anima setor imobiliário em Montes Claros

Procura por imóveis para locação por estudantes é alta, e já faltam opções

Larissa Durães
O NORTE
Publicado em 24/03/2022 às 00:01.Atualizado em 24/03/2022 às 09:33.
 (Volta às aulas reaquece setor de aluguéis)
(Volta às aulas reaquece setor de aluguéis)

O avanço da vacinação contra a Covid e a volta das aulas presenciais em instituições de ensino superior em Montes Claros, após dois anos de atividades remotas, estão aquecendo o mercado imobiliário, após um 2021 de altos e baixos no setor. 

“Se a gente for fazer um comparativo do início do ano passado para o meio, no início tivemos locações consideráveis, enquanto que no segundo semestre já não teve tanto assim, por conta da segunda cepa (variante do coronavírus). Então, o pessoal acabou se retraindo, preferindo ficar remoto e aguardar esta estabilidade que temos hoje, devido à vacinação”, diz a corretora Mariana Moreira. 

Já neste ano, até o começo de março, foi perceptível o aumento da demanda por aluguéis. “Tanto que em algumas regiões, por exemplo, não temos mais imóveis disponíveis. É o caso do Todos os Santos, que abrange três faculdades e uma universidade”.

Na imobiliária onde Mariana trabalha, em janeiro de 2021 foram alugados 31 imóveis. Em janeiro deste ano, 86, sendo 70% para estudantes. Em abril do ano passado foram 84 locações, sendo 50% para estudantes. “Houve pessoas, inclusive, que fizeram locação em janeiro deste ano e só vão entrar no imóvel agora, porque tiveram medo de na época da volta às aulas não haver mais imóveis disponíveis. E foi algo que realmente aconteceu”, explica. A maioria dos estudantes é da Bahia, mas também há locatários do Triângulo, de BH e do entorno de Montes Claros. 

Quem está pagando sem usar para não perder a comodidade do lugar é o estudante baiano de educação física A.B., da Unimontes. “Estou em casa, na Bahia, desde o início da pandemia, mas decidimos manter o aluguel por ser em uma localidade boa e que não teve aumento, ainda, porque o dono entendeu que eu já tive um enorme prejuízo com a pandemia”, diz. Ele decidiu manter o aluguel de R$ 400 mesmo quando a Unimontes entrou em greve. 

De acordo com Mariana, quem fechou a locação no início do ano conseguiu locais privilegiados, perto de onde vai estudar. “E economizou, porque alguns proprietários estavam receosos e fecharam locação com valores mais baixos. Agora estão voltando com valores consideráveis”. 

Quem não teve problema para arrendar uma casa, já que chegou antes da pandemia, foi o estudante do Mato Grosso Caio Roberto Ribeiro Regolin, de 26 anos. “Vim morar em Montes Claros para estudar Engenharia de Sistemas, no começo da pandemia. Foi fácil achar uma casa para alugar, com preço acessível. Com essa volta as aulas presenciais, o meu aluguel subiu cerca de 20%”. 

Ele conta que os colegas de faculdade estão tendo dificuldade para alugar por causa do alto valor. “Por exemplo, uma casa com três quartos está na faixa de R$ 1.300 para cima e as quitinetes também estão muito caras”. 

Segundo Mariana, há aluguéis que passaram de R$ 600 para R$ 800, devido à oferta reduzida de imóveis. Para ela, investir em alugueis para estudantes é algo bem rentável. “Além de alugar desde janeiro, temos um reflexo de locação também em março e abril, por conta da UFMG que começa em março, e do Sisu e Enem, devido à lista de espera”. No meio do ano, há nova alta nas buscas, por causa das vagas abertas para o segundo semestre. 

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