Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
Lojistas do shopping popular, ouvidos pela reportagem de O NORTE na manhã desta terça-feira, reclamam da falta de apoio da prefeitura em relação aos últimos acontecimentos relacionados à apreensão de mercadorias, como CDs e DVDs. Alegam que a administração não tem disponibilizado qualquer estrutura aos lojistas, que têm enfrentado inúmeros problemas, como a queda nas vendas.
Sem incentivo da prefeitura, grande parte dos lojistas do
shopping popular não estão pagando sequer as taxas de condomínio (foto: arquivo)
- As vendas caíram mais de 80%. Antes, a administração realizava eventos que atraiam grande número de pessoas. Hoje, tudo trabalha contra a classe. São 260 lojas instaladas, com um custo mensal de R$ 200,00 por lojista, o que tem provocado uma grande inadimplência em relação ao condomínio – desabafa Carlos Tadeu Fernandes, segundo o qual a crise é tão séria que algumas lojas vendem apenas R$ 2,00 por dia.
REUNIÃO
O lojista Paulo César Pereira, ex-presidente da associação da categoria, revela que na última segunda-feira foi realizada reunião com o deputado Ruy Muniz, que - sensibilizado com a atual situação dos lojistas - garantiu procurar apoio na assembléia legislativa para tentar reverter o quadro de dificuldades, sobretudo através do fomento das vendas. Na oportunidade, o parlamentar se prontificou, inclusive, a viabilizar uma cooperativa para que os lojistas possam adquirir seus produtos a preços mais baixos.
Carlos Tadeu culpa a prefeitura pela falta de apoio
aos lojistas do shopping popular (foto: Wilson Medeiros)
O ex-presidente da associação dos camelôs de Montes Claros, Armando Quintino da Silva, lembra que antes das eleições o prefeito sempre andava pelos quatro pisos do shopping.
- Se alguma coisa não for feita, o shopping popular pode fechar as portas. O prefeito, alheio aos nossos problemas, não dá mais as raças – disse indignado o ex-dirigente, para o qual é muito bem vindo o apoio do deputado Ruy Muniz.
