Licitação do transporte coletivo é aguardada com ansiedade pelos montes-clarenses - e a Unammoc reitera suspeita de que tentam protelar a medida necessária para oferecer um serviço de mais qualidade à população

Samuel Nunes


Repórter

O secretário de assuntos estratégicos da Unammoc - União das associações de moradores de bairros, vilas e distritos de Montes Claros Antônio Carlos de Souza reafirmou a sua intenção de continuar lutando com o objetivo de que aconteça de fato a licitação do transporte coletivo urbano de Montes Claros. De acordo com ele, a licitação destina-se a garantir a observância do principio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração.

Montes Claros conta apenas com duas empresas, que controlam o transporte coletivo da cidade: atraso nos horários e lotações lotadas são as principais reclamações (Foto: Manoel Freitas)

Ele afirma que de acordo com a lei federal 8.666/93, no seu artigo 3º, a proposta é julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo e dos que são correlatos.





- Mais uma vez tentaram burlar o cidadão, contudo, o ministério público e algumas entidades como a Unamoc, estão atentas e no último dia 20 foram assinadas a outorga e nomeação da comissão especial para a licitação. Tentam também plantar mentiras nos meios de comunicação e fazer entender que todos os interessados estão fazendo o que esperamos deles. O zelo pelo bem comum e o bem estar da população fica de lado. O que se vê é um faz de contas. Até vereadores que foram à imprensa para nos pedir calma, dizendo que o prazo para a licitação segue até o mês de fevereiro de 2007. Nós estamos na trincheira e de olhos bem abertos e ao menor deslize desse pessoal, vamos dar em cima deles - afirma Antônio Carlos.

AUDIÊNCIA

Ele acredita que a audiência pública que acontece no próximo dia 11, na sala Geraldo Freire, não vai surtir qualquer tipo de efeito uma vez que não está tendo divulgação na imprensa e a população passa ao largo do processo de licitação do transporte coletivo urbano da cidade.





De acordo com Antônio Carlos de Souza, ainda falta mobilização por parte de algumas entidades de classe da cidade em torno do assunto licitação.

Segundo ele, que é diretor de assuntos estratégicos da Unamoc, alguns itens para o melhoramento do transporte coletivo da cidade devem ser observados com precisão pelo povo e que deveriam estar inseridos no processo de licitação.

- A mudança tem que acontecer com eficiência e competência, sem a mesmice a que estamos acostumados. A mudança só acontece com a transformação da consciência.





Antônio Carlos afirma também que espera da prefeitura e de todos os demais órgãos envolvidos no processo de licitação o compromisso de que ele aconteça de fato, pois o mesmo vai beneficiar a população.





- Não somos contra as empresas que controlam o transporte coletivo da cidade e, sim, a favor da licitação.