SAMUEL NUNES
Repórter
Há Exatos 44 dias depois do aumento na tarifa do transporte coletivo urbano, as reclamações ainda persistem não apenas pelo valor de R$ 2,10, que os usuários dizem ser abusivo, mas pela qualidade do serviço prestado que continua deixando a desejar, com os constantes atrasos e ônibus superlotados.
Samuel Nunes
Atrasos dos lotações fazem parte do grande número de reclamações
Cleber de Jesus, auxiliar de máquina, morador do bairro Maracanã, diz que aos finais de semana o número de ônibus é reduzido, o que tem prejudicado quem depende do transporte coletivo para trabalhar ou mesmo para fazer um passeio com a família.
A auxiliar de serviços gerais, Maurilia Ferreira, mora no bairro Delfino Magalhães. Ela afirma que apesar de a empresa onde trabalha pagar a passagem, fica prejudicada pela demora dos lotações e que é preciso fiscalização por parte dos órgãos competentes no sentido de corrigir a demora excessiva.
Maria Silva Fonseca também reclama da demora nos pontos de ônibus. Segundo ela, são poucas linhas em muitos bairros, que estão sempre superlotação, principalmente nos horários de maior movimento, no início da manhã e finais de tarde.
José Renato Souza, instrutor de autoescola e técnico em segurança do trabalho, diz que quase não usa o transporte coletivo. Entretanto, enumera alguns problemas como, por exemplo, o não uso do cinto de segurança por alguns motoristas, dificuldades de acesso das pessoas com deficiência, especialmente os cadeirantes, devido à falta de acesso destas pessoas, da calçada para o interior do ônibus, espaço considerável o que compromete a entrada destas pessoas e a demora considerável dos ônibus.
- Já cheguei a ficar até uma hora no ponto à espera do lotação, o que acaba provocando grandes transtornos a quem depende deste meio de transporte – frisa.
A moradora do bairro Vila Tiradentes, Nágila Gonçalves, sugere a colocação de mais linhas de ônibus nesta comunidade uma vez que os moradores têm que se dirigir ao bairro Renascença para pegar o lotação.
- No meu bairro só tem uma linha de ônibus, o que é muito pouco. Com isso temos que nos dirigir ao Renascença que tem mais linhas. Desta forma este deslocamento acaba prejudicando as nossas atividades – relata.
A reportagem entrou em contato com a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Montes Claros para saber a posição da empresas diante das reclamações dos usuários. Entretanto, a diretora da associação das empresas, Jaqueline Camelo, se encontra de atestado médico e não havia outra pessoa do órgão para responder aos questionamentos.