Cidade

Suspeito de matar tenente se entrega a polícia em MOC

Após se entregar, sargento dos bombeiros confessou ter matado colega de corporação

Leonardo Queiroz
Publicado em 10/05/2023 às 20:00.
Ouvido informalmente por investigadores da PC, suspeito confessou ter matado tenente (Leonardo Queiroz)

Ouvido informalmente por investigadores da PC, suspeito confessou ter matado tenente (Leonardo Queiroz)

O sargento do Corpo de Bombeiros, Anderson Pinheiro Neves, 38 anos, suspeito de matar o tenente da corporação Rafael Alves Veloso, 42 anos, se entregou à polícia na noite da última terça-feira (9). Ouvido informalmente por investigadores da Polícia Civil ele confessou ter matado o colega de serviço motivado por desavenças entre ambos. 

Todas as informações foram confirmadas pela Policia Civil em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (10) onde foram repassadas mais informações sobre o crime. 

De acordo com a PC, os advogados do suspeito entraram em contato com o 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros e informaram que o militar pretendia se entregar espontaneamente informando sua localização em uma casa no bairro Novo Jaraguá. Logo após se entregar ele foi levado para a sede da 11ª Região Integrada de Segurança Pública onde permaneceu por três horas e, em seguida, seguiu escoltado até o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo delito. Acompanhado dos advogados o suspeito entregou a arma usada no crime. 
 
O CRIME
O autor alega que, após os fatos, fugiu para Bahia onde deixou motocicleta e faz retorno a Montes Claros em transporte de ônibus. De volta à cidade, ficou em residência providenciada pela defesa a fim de que pudesse fazer essa interlocução, se apresentasse à justiça e respondesse pelo crime. 

“Informalmente, ele confessou aos investigadores a pratica do crime. E disse que teria ido até a porta da vítima para conversar e que lá teria ficado mais nervoso e efetuado o disparo de arma de fogo. Conversa, segundo ele, motivada por divergência interna entre os dois, mas nenhum deles formalizou procedimento na instituição. Para nós está bem colocado que ele inicialmente premeditou e articulou o crime por ter ido até a residência da vítima na tentativa de cometer o homicídio”, explicou o delegado Bruno Rezende da Silveira. 

De acordo com a PC foi solicitado o afastamento do sigilo telefônico do autor, que fez a entrega voluntária do aparelho e que será averiguado pela polícia. O telefone da vítima também segue em análise para que seja possível estabelecer se houve ameaça, conversa em relação a eles ou outras circunstâncias que possam estabelecer critérios efetivos de motivação.

“Ao se entregar o autor demonstrou inicialmente arrependimento em relação aos fatos, mas em relação ao seu comportamento ele estava tranquilo entendendo inicialmente que ele responderia pelo crime de homicídio e ficaria preso à disposição da Justiça para que a polícia possa continuar as investigações e diligencias necessárias para conclusão desse homicídio”, finaliza o delegado Bruno. 

O sargento Anderson Pinheiro Neves foi levado para o 10º batalhão da Polícia Militar, onde permanece preso. Ele responde pelo crime de homicídio consumado qualificado. A PC espera concluir o caso em 15 dias.

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