
Na última terça-feira (28), a Polícia Civil e Militar de Montes Claros detalharam a captura de um foragido de 34 anos, acusado de um homicídio premeditado em setembro de 2024, que resultou na morte de um instrutor de autoescola de 35 anos. A prisão ocorreu no domingo (26) no bairro Alterosa.
“O crime ocorreu em setembro de 2024. Na data, a vítima, a caminho do trabalho, foi surpreendida pelo autor e atingida por três disparos de arma de fogo, vindo a óbito no local”, relatou a delegada Francielle Drumond, responsável pelo caso. De acordo com ela, diligências conjuntas da Polícia Civil, Polícia Militar e do 50º Batalhão permitiram identificar rapidamente o autor.
“As equipes foram até a residência do suspeito, onde foi constatado que ele premeditou o crime. As câmeras de segurança de sua casa foram desligadas às 5h50, e apurou-se que ele conhecia o itinerário da vítima. A motivação estaria relacionada a um possível relacionamento extraconjugal entre a vítima e a esposa do autor”, explicou Francielle. No entanto, “não foi comprovado nenhum relacionamento extraconjugal; constatou-se apenas que a esposa era ex-aluna do instrutor”.
Ainda conforme a delegada, testemunhas e outras provas indicaram a preparação do crime. “No local do fato, soubemos que a esposa do autor possuía uma pistola 9 mm registrada em seu nome. Contudo, a perícia balística confirmou que o homicídio foi cometido com um revólver calibre 38”.
Imagens de câmeras de vigilância mostraram o suspeito aguardando escondido na esquina da casa da vítima até o momento oportuno para agir, evidenciando a premeditação. Após o crime, ele retornou à sua residência, pegou um carro e levou as crianças à escola, possivelmente para criar um álibi.
O tenente-coronel Wellington Mourão Ferreira, comandante do 50º Batalhão, destacou a força-tarefa entre a Polícia Civil, o comando do 50º Batalhão e a Delegacia de Homicídios. “Desde o homicídio, em 18 de setembro de 2024, unimos esforços para identificar câmeras e coletar informações que levaram à prisão do suspeito no último domingo”.
Ele ressaltou a tentativa do autor de planejar a fuga: “assim como a cena foi premedita, houve também a premeditação da fuga dele. Recebemos informações de que ele estava em outra cidade, na zona rural e, depois, no bairro Alterosa. Durante a abordagem, sabíamos que ele tinha acesso a uma arma registrada no nome da esposa, onde fizemos uma análise de risco dessa abordagem, mas a ação integrada não lhe deu chance de reação”.