A uniformização do funcionamento dos supermercados de Montes Claros nos feriados foi definida em reunião dos sindicatos do comércio varejista e dos trabalhadores do comércio, realizada na semana passada. O objetivo é evitar novas reclamações sobre falta de critérios para abertura. A partir de agora, estes comércios não poderão funcionar em quatro feriados ao ano. Fica vedada a abertura no Dia do Comerciário (segunda-feira de Carnaval), no dia 25 de dezembro (Natal), primeiro de janeiro e sexta-feira da Paixão. Quem desrespeitar o que se definiu em convenção coletiva será denunciado ao ministério do Trabalho e poderá sofrer as sanções previstas na legislação trabalhista.
De acordo com o presidente do sindicato do comércio varejista, empresário Glenn Andrade, havia necessidade de uniformizar o funcionamento do setor, que vinha atuando de forma aleatória, sem observar o que dispõe a legislação. Segundo ele, em função deste descompasso entre as empresas do ramo, começaram a surgir reclamações, principalmente do sindicato dos empregados no comércio. E, para evitar o agravamento do quadro e o surgimento de novos problemas decorrentes dele, as partes decidiram sentar-se à mesa em busca de uma solução.
O líder classista afirma que a reunião foi das mais produtivas e oportunizou a empresários e empregados se posicionarem sobre a questão com mais profundidade. Ao final, resolveu-se vedar o funcionamento dos supermercados em quatro feriados, ao mesmo tempo em que se está negociando para que abram as portas em outros nove feriados. A previsão é de que se chegue a um denominador comum em curto espaço de tempo. Glenn Andrade diz que a decisão foi tomada com a preocupação de se preservar os interesses de ambas as partes.
Para o presidente do sindicato do comércio varejista, o resultado da reunião foi amplamente satisfatório, apontando para a solução do problema em definitivo. Disse que ficou comprovado que se resolve pendências através do diálogo, o que a entidade que dirige não abre mão.
- Sempre buscaremos o diálogo, o entendimento como primeira alternativa, para que possamos resolver quaisquer pendências - afirma.
Ele disse que as empresas estão sendo notificadas da decisão e alertadas que, se não a cumprirem, serão denunciadas ao ministério do Trabalho. Além de empresários do setor, participou da reunião o presidente do sindicato dos empregados no comércio, Osanan Gonçalves dos Santos.