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SOS Lagoa do Interlagos

Cartão postal de MOC está abandonado

Márcia Vieira
Publicado em 21/12/2022 às 21:29.Atualizado em 22/12/2022 às 12:13.
Revitalização paralisada: além do abandono, população reclama de transtorno com lamaçal (MÁRCIA VIEIRA)
Revitalização paralisada: além do abandono, população reclama de transtorno com lamaçal (MÁRCIA VIEIRA)

Faça chuva ou sol, moradores da região do Interlagos (conhecida como “Pampulha”) sofrem consequências da falta de manutenção no local. A afirmação é de Wilton Pereira, presidente da Associação Amigos da Lagoa, ONG constituída por moradores que percebem o potencial daquele que é considerado cartão postal da cidade. Mas cuja realidade está bem distante.

Wilton conta que foram feitas diversas reuniões com o poder público pedindo atenção ao local. Melhorias começaram a ser realizadas, mas foram paralisadas, dando um aspecto de total abandono. 

“É um local muito bonito, mas está abandonado. Causa transtorno, com queima de tábuas e fuligem espalhada. Quando não é isso, tem uma lã que solta das tábuas e fica suspensa no ar. Isso tem provocado problemas respiratórios”, explica Wilton. 

Ele relata que o período chuvoso traz ainda mais transtornos. Parte do calçamento foi retirada, não foi recolocado novo passeio – como era previsto dentro da obra de revitalização – e a região ganhou um lamaçal. 

“O muro de arrimo está escorado com pedras. Não tem a devida atenção e está faltando fiscalização da prefeitura e de órgãos ambientais”, reclama.

Com o propósito de minimizar os danos sofridos por moradores e buscar uma solução, o vereador Valdecy Contador promoveu audiência pública com representantes de órgãos ambientais e poder público.

“Enviamos vários ofícios e requerimentos com demandas importantes de moradores. Existem duas ruas especialmente que sofrem com inundações devido à falta de escoamento da água da lagoa”, explica o vereador, sugerindo que seja feito o desassoreamento e sejam removidos detritos acumulados, responsáveis por provocar inundação. 

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Sóter Magno, “a lagoa se tornou depósito de resíduos de todos os tipos” e o desassoreamento poderá ser feito, entretanto, é uma obra que tem alto custo e precisa de tempo para ser realizada.

Em relação à sugestão do presidente da ONG, que pleiteia recursos de compensação ambiental para o local e sobre a fiscalização das obras no entorno, Daniel Dias, responsável pelo setor de fauna do órgão explicou que a ONG pode pleitear recursos por meio de projetos. No tocante a fiscalização de obras, ela é supletiva, ou seja, o órgão que licencia deve ser o fiscalizador e o Ibama só entraria num segundo momento por meio de denúncia no canal “ linha verde”, que pode ser feita por qualquer cidadão.

O vice-prefeito e secretário de obras, Guilherme Guimarães, informou que as obras de urbanização chegaram a 50%.

“Com as chuvas, a empresa não pode executar, em decorrência da técnica e da qualidade da obra. As próximas etapas são a execução restante da contenção, o pavimento e a colocação de redes e bocas de lobo nos pontos críticos. A empresa está mobilizada para retomar o ritmo adequado assim que as condições climatológicas permitirem”, afirmou.

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