Sindicato e empresas de transporte se reúnem para negociar ajuste salarial

Jornal O Norte
Publicado em 16/03/2011 às 10:52.Atualizado em 15/11/2021 às 17:24.

Samuel Nunes


Repórter



Nesta quarta-feira, o Sindicato dos trabalhadores nas empresas de transporte urbano de Montes Claros e Norte de Minas realiza,  às 9h30, a quarta rodada de negociação com representantes das empresas Transmoc e Princesa do Norte, que operam o serviço de transporte coletivo urbano de Montes Claros.



Na pauta da reunião, estão algumas reivindicações da categoria como reajuste de 15% nos salários de cobradores e motoristas de lotação mais ticket alimentação no valor de R$ 250,00, plano de saúde para o cônjuge e revisão da jornada de trabalho.



Legalizado há pouco, mais de dois meses, o presidente da entidade, Carlos Henrique Lacerda, diz que o sindicato tem como objetivo principal lutar em prol da data base da categoria.



Segundo o sindicalista, se porventura não se chegar a um acordo nesta audiência, o sindicato irá tentar assegurar a data-base da categoria por meio de dissídio coletivo. Conforme ele, a data-base deste segmento tem por tradição acontecer no mês de abril. Carlos Henrique afirma ainda que no próximo dia 18, às 14h, está marcada também reunião no ministério do Trabalho, onde o assunto em pauta é também a data-base.



- Em relação à jornada de trabalho vamos cobrar das empresas a revisão salarial, pois, da maneira que está funcionando, o motorista praticamente fica o dia inteiro a disposição da empresa, isto em algumas linhas - conta.



Carlos Henrique Lacerda salienta ainda o seguro de vida para o trabalhador, onde a proposta do sindicato apresentada às empresas do transporte coletivo é de R$ 6,51. Lembra que a entidade sempre tem se posicionado de maneira contundente em defesa dos trabalhadores e suas legítimas representações sindicais. Por isto, apresentou às empresas no rol de reivindicações a importância da contratação de seguro de vida e acidentes em grupo para os trabalhadores.






DIFICULDADES



O sindicalista afirma que a maior dificuldade vivenciada atualmente pelos trabalhadores no transporte urbano diz respeito ao salário. Neste contexto, conforme ele mesmo afirma, a entidade tem objetivado defender uma melhor remuneração para os trabalhadores.



- O salário do motorista de lotação atualmente é de R$ 1.113,45 e o de cobrador R$ 556,72. Ambos recebem ticket de R$ 180,00. Vamos lutar para que o cobrador de lotação ganhe o equivalente a 60% do que recebe o motorista e não a metade, como é atualmente - relata.



Carlos Henrique Lacerda faz referência ainda à questão salarial envolvendo os trabalhadores do setor de limpeza, que ganham o equivalente a um salário mínimo. De acordo com ele, a luta do sindicato é para que estes trabalhadores, que também desempenham papel primordial no que tange ao transporte urbano, passem a ganhar valor semelhante ao que ganha um cobrador de lotação.



- O trabalhador nas empresas de transporte urbano pode ter a certeza de que não envidaremos esforços para que ele seja cada vez mais valorizado, não somente nas questões salariais, mas também no que se refere às condições de trabalho - conclui.


 

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