Flávio Roscoe, presidente do FIEMG, comenta que a escola do SESI conciliará sua metodologia com a tecnologia (MÁRCIA VIEIRA)
Na última quarta-feira (20), foi inaugurada a primeira escola da Rede SESI Educação, do Sistema FIEMG, na região Norte de Minas Gerais, a Escola Quita Guimarães. Situada no bairro Ibituruna, a escola tem capacidade para 1.100 alunos da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Oferecendo um currículo que integra tanto o ensino tradicional quanto o desenvolvimento de outras habilidades, seu objetivo é proporcionar uma educação completa e de excelência.
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, “o Sesi vai trazer sua metodologia com uma pegada tecnológica. É uma escola que vai aproximar os alunos do futuro “, disse. A implantação de uma escola do SENAI, também do grupo S, em Salinas, distante cerca de 200 km de Montes Claros, complementará o que Flávio mencionou como um cenário repleto de oportunidades.
A escolha de Montes Claros para sediar a unidade se deve especialmente a presença de indústrias, com destaque para a Farmacêutica Novo Nordisk, parceira da FIEMG no Projeto Recriar, iniciado e gestado por Flávio. Por meio da iniciativa, a cada bolsa de estudos reservada pela indústria parceira, são concedidas mais duas, ou seja, uma bolsa vira três. O critério de seleção para o aluno acessar a escola, o chamado Bolsão, é que os alunos candidatos a vaga sejam de baixa renda e/ou filhos de industriários. Adauto Marques Batista, presidente da FIEMG Regional Norte, aposta que, “outras indústrias virão, com certeza, e assinarão esse convênio com o Sesi e com a FIEMG”.
ASSOCIAÇÃO
Na mesma quarta-feira, deu-se início à Associação das Indústrias Farmacêuticas do Norte de Minas. Empresas como Novo Nordisk, Hipolabor, Eurofarma, Cristália, Celer Biotecnologia e VetBras uniram-se para debater os interesses do setor e alinhar estratégias.
“Montes Claros já é um polo farmacêutico. Se não é o maior hoje, vamos lutar para ser referência no Brasil. É uma cidade de médio porte e que oferece boa estrutura para estarmos aqui”, afirma Robson Morais, gestor da Novo Nordisk e coordenador da iniciativa.
Para ele, não há grandes entraves na direção desse objetivo, entretanto, Renato Alves, presidente da Hipolabor, indústria que está investindo R$ 200 milhões em sua implantação na cidade, destaca que, “se pudesse ter gás natural, do ponto de vista da estrutura seria muito bom. Aqui não tem gás natural. Só tem gás de LP e a energia elétrica é restrita. Vencidos esses desafios esperamos a melhoria da estruturação urbana e pavimentação da cidade”, pontua. A previsão para a conclusão da obra é 2026, sendo que a primeira fase está prevista para finalizar em dezembro deste ano.