Samuel Nunes


Repórter

Servidora do município contratada, que prefere não se identificar, em contato com O Norte na manhã da última segunda-feira, 3, revelou que funcionários com contrato do hospital Alpheu de Quadros seriam afastados de suas funções. Ela disse ainda que esta medida será colocada em prática no próximos dias. A reportagem esteve na manhã de ontem, terça-feira, no local, e conversou com alguns funcionários da instituição em relação a esta informação.

Um servidor que pediu para que o nome não fosse revelado disse a O Norte que nenhuma medida neste sentido foi passada aos funcionários. Outra servidora, que também preferiu o anonimato, afirmou que todos os funcionários do hospital têm trabalhado normalmente.

Por telefone, a reportagem recebeu informação de que situação semelhante acontece em postos de saúde como, por exemplo, São Judas, Santos Reis e Santa Lúcia, onde os contratos dos servidores venceram em dezembro de 2010, o que causou transtornos no atendimento à população nos serviços ditos essenciais.

O OUTRO LADO

Em contato com o secretário municipal de saúde José Geraldo de Freitas Drummond em relação à possível demissão dos servidores contratados do hospital Alpheu de Quadros, ele disse que os contratos que terminaram no dia 31 de dezembro, de fato, não serão renovados. Revela ainda que, em torno de 200 servidores daquele hospital são contratados, sendo que, no município, existem mais de 1.000 contratados.

- Acredito que somente 10 a 20% dos contratados irão permanecer trabalhando. Lembrando que, em relação ao hospital Alpheu de Quadros, cada caso será analisado – antecipa.

Quanto às constantes reclamações por toda a cidade diante da falta de médicos para atender a popular nas unidades de saúde, José Geraldo reconheceu que a falta de médico é sim uma questão séria.

- Não tem médico que queira ganhar um salário menor do que é pago em outras cidades. O máximo que o município tem pago é R$ 6 mil. Há dificuldades para contratar médicos para trabalhar na saúde no município – revela.