Samuel Nunes


Repórter

Em nota encaminhada à imprensa, a administração municipal informa que desapropriará terreno de aproximadamente 20 mil metros quadrados, na zona rural de Toledo (região sul), a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, com acesso pela Estrada da Produção, para a construção de um novo cemitério.

A justificativa da prefeitura pela preferência pelo local se deve ao fato de que parte do terreno já está murado e ainda possuir área para estacionamento. A nova estrutura deve ficar pronta em, no máximo, seis meses.

A administração municipal alega, ainda, que há dificuldade de encontrar local apropriado para cemitérios, uma vez que esta é uma obra que as pessoas não querem por perto e exige-se terrenos de grandes dimensões.

Os dois cemitérios existentes estão saturados


e quase sem espaço para enterros

A reportagem ouviu, na manhã desta quarta-feira, 24, a opinião de proprietários de funerárias quanto à construção de um novo cemitério. De forma unânime, eles apoiaram a ideia, entretanto, foram taxativos em afirmar que todo o serviço fúnebre deverá ficar mais caro em virtude da distância a ser percorrida, que será maior.

Rosilene Queiroz, gerente da funerária Bom Pastor, revela que o serviço fúnebre pago atualmente varia de R$ 300 a 7 mil.

Segundo ela, é cobrado R$ 1,00 por quilômetro, e afirma que, com o percurso maior em direção ao novo cemitério, o custo será maior, o que, naturalmente, terá que ser repassadas aos clientes.

- É excelente a ideia de se construir um novo cemitério. Só que, além do valor das despesas aumentarem, poderá surgir um outro problema que diz respeito aos cortejos que não serão mais possíveis de serem realizados, pelo curso a ser percorrido – lembra.

Já Terezinha Beirão, sócia-proprietária da Funerária Leonel Beirão, diz que não vê problema na distância a ser percorrida. Contudo, lembra que nem toda família terá condições, por exemplo, de alugar ônibus para transportar parentes em dia de enterro de um ente querido para o novo cemitério.

Luciano Santana de Souza, gerente da Funerária Avelar, afirma que o valor das despesas com o serviço fúnebre ficará mais caro. Lembra que as condições dos dois cemitérios da cidade não são favoráveis e aponta como um dos problemas a falta de estrutura de uma das salas para velório, onde um cano da pia do banheiro está quebrado há vários meses sem qualquer reparo por parte do município.

- É processo natural que, com o aumento do percurso, venha a ocorrer aumento no valor do serviço funerário - antecipa.