Sem repasse da prefeitura, Prontomente suspende atendimento pelo SUS

Jornal O Norte
Publicado em 15/01/2010 às 09:31.Atualizado em 15/11/2021 às 06:17.

Samuel Nunes


Repórter


 


De acordo com o sócio proprietário do Prontomente organização hospitalar psiquiátrica, Dr. Klênio Marcos Fagundes da Rocha, em reunião realizada entre os sócios/acionistas ficou estabelecida a suspensão imediata do serviço prestado por esta instituição hospitalar por meio do SUS - Sistema único de saúde. Segundo ele, não houve qualquer tipo de manifestação por parte da secretaria municipal de Saúde em renovar o convênio para a manutenção da assistência dos pacientes portadores de transtorno mental, não somente de Montes Claros, mas, do Norte de Minas e também do Sul da Bahia.



(XU MEDEIROS)


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- Reiteramos que mantivemos diversos contatos com os representantes da secretaria municipal de Saúde, conclamando-os a resolverem em tempo hábil a renovação do convênio/ termo de ajuste e/ ou de compromisso com o hospital, a fim de evitar a interrupção do atendimento, mas, infelizmente, não tivemos retorno - disse.



Segundo Klênio Marcos Fagundes da Rocha, é de conhecimento público que o Prontomente é uma entidade privada com a finalidade de prestar assistência hospitalar psiquiátrica. De acordo com ele, a instituição hospitalar atende uma vasta clientela através do SUS e de convênios particulares, sendo que está desde 2003 sob intervenção branca, com sua capacidade de internação reduzida à metade dos leitos, de 134 para 62 destinados somente aos usuários do SUS.



- Reiteramos também a denúncia de que o convênio anterior era ilegal, pois prestávamos serviço sem alvará de funcionamento e com faturamento das AIHs - Autorizações de internação hospitalar, sob suspeita de desvios de recursos - disse. 



O gerente do Prontomente, Juarez Martins, afirmou à reportagem que a fonte de renda que garante o pagamento das despesas e dos funcionários é o repasse anual do município, de R$ 1,2 milhão. A prefeitura deve repassar, via secretaria de Saúde R$ 100 mil, mensalmente. Mas, há três meses o repasse não é feito.



Em contato com o secretário de Saúde José Geraldo de Freitas Drumond, ele disse que aconteceria, na tarde de ontem, 14, reunião com representantes do hospital. O secretário adiantou que, quanto ao atraso de recursos, isto não é justificativa para suspender o atendimento, uma vez que o que está em jogo é a vida do cidadão. E acrescentou que também há atrasos de repasse de recursos para os hospitais Aroldo Tourinho e Santa Casa.



José Geraldo de Freitas Drumond adiantou que a determinação é continuar auferindo os serviços de prestação do hospital até que o município dispense de forma progressiva os serviços de internação da instituição hospitalar.

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