A Lei Seca, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição, durante o horário em se realiza o pleito, não será adotada este ano em Minas, a partir de decisão conjunta entre o governo estadual e forças de segurança.
De acordo com o empresário Diego de Macedo, proprietário da Einstein Cervejaria e presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares no Norte de Minas (Abrasel- Norte) a Abrasel- MG fez a solicitação ao governo, e o pedido foi acatado. Para ele, este talvez seja um dos dias mais tranquilos para se transitar na rua. E o mesmo acontece nos bares.
“A fiscalização vai existir. Acho que se houver boca de urna ou algum crime eleitoral não é por causa de bebida alcoólica. Não tem correlação. São coisas que acontecem em qualquer eleição”, diz Diego que decidiu abrir o estabelecimento no dia da eleição.
Ele acredita que as pessoas vão continuar com os hábitos próprios desse dia.
“O domingo é um importante dia de faturamento para todo o setor. Independentemente do evento que ocorra, o domingo é um dia que tem 70% de faturamento maior do que qualquer outro dia da semana”, explica.
RISCOS DE EMBATES
Já o cientista político Geelison Ferreira sugere como alternativa para aqueles que estiverem receosos que a apuração seja acompanhada na própria casa, como medida de prevenção e segurança.
“Considerando que essas eleições já têm sido marcadas por uma série de eventos violentos , em que os ânimos estão bastante acirrados, essa venda de bebidas alcoólicas pode potencializar as ocorrências, já que até então tem havido confronto entre eleitores de diferentes posições políticas no Brasil inteiro. É um risco a mais que se tem nessas eleições”, afirma Geelison reiterando que “o dia 2 será bastante tenso”.
“Muito importante também o respeito à democracia e o reconhecimento do resultado, qualquer que seja. Que os perdedores reconheçam a vitória dos ganhadores para que quando se tornarem ganhadores também sejam reconhecidos. Esta é a lógica da democracia”, finaliza o cientista político.