Santa Casa realiza primeiro transplante de fígado do interior de Minas

Jornal O Norte
Publicado em 24/02/2011 às 10:14.Atualizado em 15/11/2021 às 17:22.

A Santa Casa de Montes Claros comemora a realização do primeiro transplante de fígado do interior de Minas Gerais. O procedimento, inédito na região, foi feito, com sucesso, no dia 22 de fevereiro, totalmente pelo SUS. O fígado transplantado foi captado em Belo Horizonte e beneficiou o pedreiro José Carlos dos Santos Costa, de 35 anos, de Montes Claros. O paciente era portador de uma doença hepática grave, que apresentava risco de morte de 30% ao ano. José Carlos se recupera no CTI da Santa Casa e já apresenta sinais de bom funcionamento do fígado transplantado e das demais estruturas vitais que se encontravam alteradas em decorrência da doença.



Recentemente, a instituição concluiu o processo de credenciamento para realização de transplantes de fígado e disponibiliza estrutura adequada para a realização das cirurgias. Os responsáveis pelos procedimentos já realizam o atendimento dos pacientes portadores de doenças crônicas de fígado, tais como cirrose decorrente da infecção pelo vírus da hepatite C, cirrose hepática causada pelo álcool e carcinoma hepatocelular, que causam alterações no funcionamento do órgão e que são responsáveis pela metade dos casos de transplante de fígado no Brasil. A equipe formada pelo hospital é composta por dois cirurgiões transplantadores, dois hepatologistas, dois anestesistas e uma enfermeira - todos eles dotados de formação específica em transplante de fígado.O atendimento é feito pelo SUS.



Para o coordenador do serviço de transplante de fígado, Luiz Fernando Veloso, a iniciativa é motivo de alegria por parte de toda a equipe e de todo o hospital, visto que a Santa Casa é o primeiro hospital do interior de Minas Gerais a realizar o procedimento, que atualmente só é feito em Belo Horizonte.



- Conhecemos o potencial regional e o desenvolvimento da Santa Casa para a concretização desse atendimento, e estamos trabalhando para mudar a qualidade da vida e as chances de sobrevivência dos pacientes que necessitam desse benefício, afirma.



O médico ressalta que, atualmente, 15 pacientes estão na lista de espera e encontram-se em preparação para o transplante. Segundo ele, esse número representa somente uma pequena parcela da real necessidade da população regional, que apresenta a cada ano, cerca de 90 novos pacientes. Isso representa trazer uma ferramenta terapêutica de alta complexidade para a região, consolidando-se como uma alternativa essencial e única para as doenças graves do fígado.



- Viabilizar o acesso desse serviço à população, representa a ampliação da capacidade técnico-estrutural do hospital, resultando na melhoria da qualidade da assistência prestada aos pacientes que se beneficiam dos nossos atendimentos.



O paciente transplantado se sente feliz e renovado por receber o órgão, após 4 anos de tratamento, além de estar livre das restrições que a doença estabelecia.



- Agora, me sinto bem melhor, pois recebi um novo fígado e estou renovado. Quero voltar a levar uma vida normal, retomar as minhas atividades e ser muito feliz - afirma emocionado.


 

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