Quando a vida é mais forte que a Aids: de acordo com o Grappa, quase 500 famílias em Montes Claros têm parentes portadores do vírus HIV

Jornal O Norte
Publicado em 01/12/2006 às 10:16.Atualizado em 15/11/2021 às 08:45.

O Grappa – Grupo de Apoio e Prevenção aos Portadores da Aids de Montes Claros, dentro das comemorações da campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Aids promove, nesta manhã, na Praça Doutor Carlos uma intensa mobilização voltada para o combate à doença.



De acordo com a voluntária do Grappa, Elizete Alves Silva atualmente na cidade pelo menos 440 famílias têm indivíduos portadores do vírus HIV. Ela conta que durante a campanha vão ser distribuídos materiais de conscientização, como panfletos e ainda distribuição de camisinhas, vendas de camisetas e de outros materiais gráficos voltados para a conscientização da data.



- O Grappa de Montes Claros atende não apenas pessoas da cidade, mas também de outras regiões, como Vale do Jequitinhonha e do sul da Bahia – acrescenta Elizete Alves.   



NÚMEROS NO BRASIL



De acordo com o ministério da Saúde, os novos números da aids no Brasil apontam para uma queda acentuada nos casos de transmissão vertical, quando o HIV é passado da mãe para o filho, durante a gestação, o parto ou a amamentação. A redução é apresentada no Boletim Epidemiológico 2006, divulgado nesta terça-feira (21/11), pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares, e pela diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, em Brasília.



A publicação é baseada nas notificações registradas nos serviços de saúde pública e privada em todo o País.  De acordo com o boletim, a redução foi de 51,5%, entre 1996 e 2005. Naquele ano, foram registrados 1.091 casos. No ano passado, 530 casos. Em 2006, de janeiro a junho, foram notificados 109 casos nessa categoria. Baseados em dados fornecidos pelo ministério da Saúde, o número total de casos de aids acumulados entre 1980 e junho de 2006 é de 433.067.



Em 2005, foram registrados 33.142 casos, com taxa de incidência de 18,0 – a menor desde 2002. A taxa de incidência é o número de casos registrados em cada grupo de 100 mil pessoas. Em 2006, nos seis primeiros meses, foram notificados 13.214 casos. Hoje, estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas vivem com HIV e aids no Brasil. Número que permanece estável desde 2000.



AIDS X ÓBITOS



Apesar de os números de óbitos de 2005 serem preliminares, pode-se afirmar que há queda significativa na taxa de mortalidade (número de óbitos por 100 mil habitantes), que passou de 9,6 em 1996 para 6,0 em 2005. De 1980 até o ano passado, o número acumulado de mortes em decorrência da aids é de 183.074. Em 2005, houve 11.026 óbitos, confirmando a média anual de óbitos, observada desde 2000. Em 1996, foram 15.017 mortes.

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