Nágila Almeida
Colaboração para O NORTE
O projeto Estruturador "Atração de Investimentos e Inserção Regional" é comandado pelo diretor de estudos estratégicos do INDI - Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais - Jamil Habib Curi e pelo gerente da Unidade de Avaliações Econômicas e Regionais Aguinaldo Heber Nogueira e toda a sua equipe. O projeto faz parte de um programa especial do Governador Aécio Neves de implementar o desenvolvimento das áreas de baixo dinamismo com enormes dificuldades regionais, econômicas, financeiras e sociais, principalmente do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Vale do Rio Doce.
Através de recursos da Cemig e BDMG e sob a coordenação do Sistema de Desenvolvimento Econômico - SEDE, tal projeto vem organizando seminários e atração de investimento privados nessas regiões, a exemplo dos ocorridos em Montes Claros , Teófilo Otoni e Governador Valadares. Com meta de atrair R$ 4,3 bilhões de investimentos privados paras regiões do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Vale do Rio Doce até 2001, sendo 1,3 bilhões de reais ainda em 2008.
"É claro que para atingir essas metas, o Governo sabe que existem as premissas da infra-estrutura a serem consideradas para a região", frisa o diretor Jamil Curi. "Como a restauração da BR- 135, a implantação do Porto Seco, a operacionalidade da Sudene, com sua sede instalada e diretoria composta, os desentraves burocráticos do crédito, da lentidão dos processos de licença ambiental e de uma política tributária diferenciada para a Região, já que este Governo de Aécio Neves quer expressamente o desenvolvimento das regiões "diferentes" através de ações "diferentes" e não mais adjetivações das diferenças".
DIFICULDADES REGIONAIS X TRATAMENTO DIFERENCIADO
Jamil Curi conta que "através do INDI, conheçe mais as dificuldades das atrações de investimentos para a Região, além das facilidades e vantagens de atração para outras regiões do Estado. Sem facilitações materiais e fiscais, como o Governo de Minas entende e procura soluções, serão muito lentos os caminhos do desenvolvimento, a exemplo da tese, a nossos olhos comprovada, pois desde que os incentivos financeiros da Sudene foram se exaurindo, juntamente com as facilitações fiscais, a sua indução se debilitou".
Curi completa que "há 20 anos, até a extinção da Sudene, nenhum projeto industrial de porte se instalou na Região, a não ser a Novo Nordisk, mas que é remanescente da Biobrás. Isto é uma demonstração de que uma política de tratamento diferenciada é ainda uma compreensão para o nosso desenvolvimento".
"Entretanto, ele continua, apesar dos entraves dos quais não descuidamos, o Governo de Estado, através da SEDE e de todas as outras secretarias, o INDI e o Projeto Estruturador para o Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, trabalham incansavelmente na busca de investidores. Esses, já estudam conosco viabilidades de implantação nas áreas de mineração, bionergia, processamento de madeira e carne, indústria eletroeletrônica e ampliações das empresas já existentes".
O INDI foi criado para ser o braço operacional do Governo do Estado na atração de novas indústrias e na assistência às empresas já instaladas em território mineiro, como uma agência de fomento única e moderna. Através de seu banco de dados, possui um amplo acervo de registros sobre dados demográficos, oportunidades industriais, mercado, mão-de-obra, equipamentos, incentivos fiscais, etc.
Com o INDI, o investidor usufrui de serviços gratuitos, como análises setoriais, procura de galpões e terrenos industriais, intermediação junto a órgãos de Governo e instituições de classes, aproximação com possíveis parceiros nacionais e internacionais, divulgação de interesses no País e exterior, elaboração de estudos para identificar oportunidades de investimento.
