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Quinta-Feira,21 de Agosto

Prefeitura programa dia D de combate à dengue em Montes Claros

Jornal O Norte
Publicado em 08/10/2010 às 10:26.Atualizado em 15/11/2021 às 06:40.

Anny Muriel


Repórter



Com a estiagem, quase não se ouve  falar em prevenção à dengue e combate ao Aedes Aegypt, transmissor da doença. Mas, o período chuvoso está chegando e por isso a secretaria municipal de Saúde realiza, no dia 24 outubro, o Dia D de combate ao mosquito.



Segundo a assessoria da secretaria de Saúde, o objetivo é alertar e mobilizar população e entidades para o combate ao Aedes, formar parcerias para fazer a limpeza da cidade, recolhendo tudo que seja propício à proliferação do mosquito e, desta forma, prevenir de um modo geral os focos do mosquito transmissor da doença. Esta é a segunda vez que a campanha de mobilização no combate à dengue acontecerá na cidade.



- A princípio, será realizada uma reunião com os parceiros do centro de zoonoses, secretaria de Serviços Urbanos e secretaria de Meio Ambiente, onde os funcionários serão instruídos sobre a realização do projeto nos diversos locais da cidade - diz a assessora de comunicação Martha Pereira.



Mesmo durante o período de estiagem, a cabeleireira Aparecida Lima não descuida de cuidados como manter sempre limpos e secos os vasos de plantas de sua casa e a vasilha de água do cachorro.



- Todos os dias, quando molho as plantinhas, deixo escorrer a água que fica no vasilhame, para não acumular, e lavo todos os dias com água e sabão a vasilha que o cachorro bebe água. Tudo isso evita os focos do mosquito. Não se pode descuidar, que o mosquito ataca mesmo - afirma a cabeleireira.



No Dia D, as comunidades são orientadas através das mídias a colocar para fora de casa tudo que é propício ao acúmulo de água, como pneus velhos e garrafas pet. A vigilância epidemiológica da secretaria municipal de Saúde não disponibilizou o índice de notificação da doença registrado na cidade.



MEDIDAS DE PREVENÇÃO



O grande problema para combater o mosquito Aedes Aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas, como, por exemplo, caixas d’água, barris, tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada.



Portanto, considerando essa facilidade de disseminação, podemos imaginar o grau de dificuldade para efetivamente combater a doença, o que só é possível com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Na eventualidade de uma epidemia de dengue numa comunidade ou município, há a necessidade de serem executadas medidas de controle como o uso de inseticidas aplicados através de carro-fumacê ou nebulização, para diminuir o número de mosquitos adultos transmissores e interromper a disseminação da epidemia. Nessa oportunidade, a comunidade deve cooperar com o processo de nebulização, mantendo as portas e janelas das casas abertas, de modo a permitir a entrada do inseticida.



Se as pessoas não são picadas, não se tornam mais um foco indireto da doença. Veja algumas dicas:



Espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.



Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.



Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.



Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.



Tampar os grandes depósitos de água: A boa vedação de tampas em recipientes como caixas d’água, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.



Remover o lixo: O acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública - ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.



Fazer controle químico:  Existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento. Este método para controle doméstico da dengue em cidades grandes tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.



Limpar os recipientes de água: Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.



Qualidade e quantidade da água: Um eficiente tratamento da água e sua disponibilidade à população são importantes para a prevenção da dengue. Entre outros motivos, a falta d’água força as pessoas a armazená-la em recipientes, que podem tornar-se criadouros para os mosquitos transmissores.



Coleta de lixo: A coleta regular de lixo também reduz os possíveis criadouros de mosquitos.



Inspeção domiciliar para controle da reprodução de mosquitos:  Quando isto for necessário, visitas domiciliares determinam se está havendo reprodução de mosquitos dentro e em volta das casas. Os inspetores de saúde podem ensinar aos moradores os meios para impedir a reprodução dos mosquitos.



Campanhas de educação em saúde: O primeiro passo para uma adequada ação contra o mosquito da dengue é informar às comunidades sobre a doença, bem como as medidas adequadas para combatê-la.



Preparação para emergências:  No caso de disseminação da dengue, as comunidades e municípios devem adotar medidas preparatórias para a proteção contra surtos da doença, principalmente a hemorrágica. Planos de ação devem ser formulados e implantados em conjunto pelas autoridades sanitárias nacionais, estaduais e locais, incluindo o treinamento dos médicos e enfermeiros, a identificação de unidades de saúde de referência para dengue, a obtenção de equipamentos para a aplicação de inseticida, sua estocagem, fornecimento de veículos para realizar o tratamento e a nebulização e outras medidas consideradas necessárias pelos líderes sanitários e comunitários.



Campanhas de remoção de lixo: As atividades de remoção de lixo têm efeitos duradouros e amplos, não apenas sobre o mosquito da dengue como também sobre moscas, roedores e baratas.



Campanhas escolares:  A participação das escolas no processo de promoção da saúde e de uma comunidade sem dengue é de grande importância. Os estudantes podem participar ativamente das campanhas de limpeza e informação, levando para sua família e seus vizinhos as mensagens educativas recebidas. Inicialmente, participam limpando a própria escola; posteriormente, adotam a mesma iniciativa em suas casas e arredores. (Fonte: Ministério da Saúde)

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