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PM de São Paulo é detido após morte de jovem de 21 anos

Incidente ocorreu na madrugada do último sábado (16) em uma boate de Montes Claros

Leonardo Queiroz
Publicado em 18/12/2023 às 20:22.
À esquerda, o PM acusado de matar Filipe Fernando Pereira de Figueiredo (à direita) (ARQUIVO PESSOAL)
À esquerda, o PM acusado de matar Filipe Fernando Pereira de Figueiredo (à direita) (ARQUIVO PESSOAL)

Na madrugada do último sábado (16), em uma boate de Montes Claros, um homem de 29 anos que se identificou como policial militar de São Paulo foi preso após a morte de Filipe Fernando Pereira de Figueiredo, 21 anos, atingido por um tiro durante uma discussão. O responsável é Wadson Mateus Fernandes Dias, natural de MOC.

Segundo o boletim de ocorrência, o autor se envolveu em uma discussão e agressão verbal com uma mulher dentro da boate. Testemunhas relataram que o suspeito sacou a arma de fogo, desferiu um golpe no rosto de outra jovem de 19 anos que tentou intervir em defesa da mulher agredida verbalmente.

A confusão se agravou quando um rapaz de 20 anos, namorado da moça de 19, questionou o agressor sobre o ocorrido. O autor tentou agredir esse rapaz, que conseguiu se desvencilhar. A vítima foi atrás do autor e deu um soco nas costas dele. Em seguida, o policial atirou no rapaz, que caiu no chão e morreu ainda dentro da boate. Filipe foi alvejado no ombro, e seu óbito foi constatado no local por uma equipe do SAMU.

De acordo com a polícia, após o crime, Wadson fugiu do local e se entregou na manhã de domingo (17) na delegacia de plantão, onde foi ouvido e teve sua prisão confirmada por homicídio consumado triplamente qualificado. Ele também foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) queixando-se de dores no rosto, resultantes de um soco recebido durante o tumulto, e dores no pé. O militar entregou a arma usada no homicídio.

Ao se apresentar voluntariamente, o autor alegou legítima defesa e disse que estava na boate com amigos, tendo comprado um espaço reservado. No entanto, após sair do local, ele retornou para pegar um jaleco esquecido pela mulher que o acompanhava. Nesse momento, o policial militar foi acusado de furto, quando uma mulher tomou a vestimenta de suas mãos, desencadeando a briga. Ainda segundo o depoimento, o militar disse que teve um desentendimento com dois rapazes dentro da boate e que foi agredido por um deles, porém, não especificou se o jovem que ele matou era o mesmo que o agrediu. Toda a ação foi flagrada por câmeras de segurança da boate.

Em nota, a Boate Bull, local onde ocorreu o crime, lamentou o ocorrido e se solidarizou com os familiares da vítima. Informou também que há sete anos funciona respeitando todas as normas de segurança em vigor e que está colaborando com as investigações.

Ainda segundo a empresa, o autor dos disparos se identificou como policial militar ao adentrar no estabelecimento, situação em que a legislação permite o porte de arma em qualquer local. Os dados da arma de fogo usada por ele foram registrados na entrada da boate, e todas as informações foram repassadas à polícia.

Em um vídeo divulgado pelo delegado Diego Flávio Carvalho Pereira, através da Delegacia de Homicídios de Montes Claros, foi informado que todas as medidas iniciais indispensáveis à completa elucidação dos fatos foram adotadas, e que algumas testemunhas presenciais, incluindo clientes e funcionários, já foram ouvidas.

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