Na última segunda-feira, 23, duas aeronaves decolaram em Montes Claros com o objetivo de prestar homenagem ao primeiro vôo de Santos Dumont com sua aeronave 14 Bis, ocorrido em 1906. Juntamente com a homenagem os pilotos buscavam atender ao chamado da Abul, para estabelecerem um recorde mundial com o maior número de aeronaves no ar pelo mesmo motivo, no mesmo instante, às 16:45h, horário que Santos Dumont alçou vôo em 1.906 e por isso é considerado o pai da aviação,
Segundo o representante da Abul para o Norte de Minas, Fernando Tomaz Ferreira, devem ter participado mais de 1.000 aeronaves em todo o Brasil, além de muitas no exterior, que receberão um certificado pela participação. Fernando participou do evento cedendo sua aeronave Regente, prefixo PP-XLB, para que o presidente da Escola de Aviação Flamarion Wanderley, Jorge Lúcio, fizesse esse vôo histórico sobre a cidade de Montes Claros, juntamente com o helicóptero Esquilo da polícia militar, tripulado pelo capitão Marcelo e tenente Renata, que voaram cerca de 20 minutos lado a lado com o avião Regente, oferecendo um belo espetáculo a quem teve a oportunidade de olhar para o céu naquele momento. Houve até quem pensasse tratar-se de uma perseguição aérea, pela proximidade das aeronaves, já que o povo da cidade já se acostumou com a presença tranqüilizadora da equipe Pegasus no combate à criminalidade nas ruas e arredores de Moc.
O comandante do helicóptero da PMMG, capitão Marcelo, sentiu-se honrado pelo convite para participar dessa homenagem ao ilustre brasileiro, afirmando que a aviação policial também deve muito ao nosso conterrâneo, já que sua invenção, hoje aprimorada para o vôo de asas rotativas, é um apoio muito grande ao combate ao crime. Já a sua colega no comando da aeronave, tenente Renata, falou da visão incrível de acompanhar outra aeronave em vôo, o que justifica o fascínio das pessoas pela arte de voar, herdadas de Santos Dumont. Jorge Lúcio sentiu-se um privilegiado, pois foi premiado com a decolagem realizada exatamente às 16h45, momento em que todos os pilotos do Brasil estavam prestando essa homenagem ao legítimo pai da aviação. Lembrou que os americanos tentam tomar para si a primazia do vôo do avião, mas o simples fato de que não têm um registro deste feito seria o suficiente para jogar por terra esta pretensão, além do fato de terem pago o maior “mico” por ocasião do propalado centenário do fictício vôo do irmãos Writh, quando a réplica de sua aeronave, refeita com toda a tecnologia da maior potência moderna, foi parar na lama diante das câmeras do mundo inteiro, há três anos atrás. Enquanto isso, todas as réplicas do 14 Bis voaram sem problemas até hoje, mostrando quem de fato é o pioneiro no vôo do mais pesado que o ar, Santos Dumont.