
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta terça-feira (16), a operação Black Pen, voltada ao combate ao comércio irregular de canetas e ampolas emagrecedoras sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ação ocorreu em Montes Claros, resultando na prisão em flagrante de uma mulher de 40 anos, além da apreensão de nove ampolas de medicamentos de uso proibido no país.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Os medicamentos foram localizados em uma residência no bairro Jardim Primavera, onde a suspeita admitiu aos policiais que realizava a comercialização dos produtos irregularmente. No imóvel, os investigadores também apreenderam aparelhos celulares, que serão encaminhados para perícia e devem auxiliar na identificação de outros envolvidos e na possível existência de uma rede de distribuição clandestina.
De acordo com o delegado Cézar Salgueiro, responsável pelas investigações, a prática representa um risco direto à saúde pública. “A venda irregular desses medicamentos pode causar sérios danos à saúde, especialmente quando utilizados sem prescrição médica e sem qualquer controle sanitário”, destacou. Segundo ele, o uso inadequado dessas substâncias pode provocar efeitos colaterais graves, além de mascarar problemas de saúde que exigem acompanhamento especializado.
Conhecidas popularmente como “canetas emagrecedoras”, as substâncias apreendidas incluem medicamentos classificados como agonistas do GLP-1, indicados principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. Por se tratarem de fármacos de uso controlado, a comercialização exige prescrição médica e acompanhamento contínuo, além de registro regular junto à Anvisa. A importação e a venda sem essa autorização são consideradas ilegais.
A mulher presa foi autuada em flagrante por crime relacionado à falsificação, adulteração ou comercialização irregular de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, conforme previsto no Código Penal. As investigações continuam para apurar a origem dos medicamentos e verificar se há outros suspeitos envolvidos na prática criminosa.
A PCMG reforça o alerta à população sobre os riscos da aquisição de medicamentos fora dos canais oficiais e orienta que denúncias de comércio irregular podem ser feitas de forma anônima às autoridades policiais.
