Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
A reportagem do O Norte esteve visitando na manhã de ontem, quarta-feira, o local de trabalho de Valmir Luiz da Silva, no bairro Alto São João, que fabrica calçados de couro.
- Trabalho atualmente por conta própria, e gosto do que faço. Utilizo máquinas para cortar e costurar e muita disposição para entregar um produto que deixe as pessoas satisfeitas. Demonstrando talento e criatividade, Valmir trabalha de segunda a sábado de 7 às 18 horas fazendo botinas, chinelas e bota de couro.
– Com 30 metros de couro faço de 3 a 4 botinas e gasto em média 2 horas para deixá-la pronta, diz Valmir Luiz da Silva (foto: Wilson Medeiros)
- Aprendi o oficio trabalhando em fábrica nas cidades de Patos de Minas(MG) e Franca, interior do estado de São Paulo –conta.
Para desenvolver a habilidade para criar formas, ele explica que aprendeu muito pouco na teoria, mas a prática lhe ensinou de maneira eficaz a fazer qualquer tipo de calçado.
Valmir reclama da falta de uma empresa de couro na cidade para produzir a matéria-prima para seu trabalho.
- Com 30 metros de couro faço de 3 a 4 botinas e gasto em média 2 horas para deixá-la pronta. Lembrando que os valores variam de R$ 55 a R$ 300 a bota e de R$ 20 a R$ 30 a botina, isto dependendo do modelo – explica Walmir, que vende tanto no varejo quanto no atacado. Ele completa, ainda, que é deste trabalho que tira o sustento para ele e os seus dois filhos.
VARIEDADE
Valmir Luiz da Silva conta que existe diferença entre seu trabalho e do sapateiro. Segundo ele o sapateiro desenvolve uma atividade mais específica, já ele modela e desenha até entregar o calçado no ponto de uso.
Outro tipo de trabalho feito por ele são os calçados ortopédicos.
- Aqui funciono quase que como uma farmácia. Muitas pessoas me procuram para fazer um calçado através de uma recomendação médica e eu faço, na medida dos pés da pessoa com qualidade comprovada, diz.