Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
Dia 25, foi comemorado o dia do sapateiro, que é aquele que, com arte e maestria, manuseia artesanalmente sapatos, sandálias, chinelos, botas e todos os artigos de couro, dando-lhes a limpeza, o arranjo e o tratamento adequados.
A profissão de sapateiro sobreviveu através dos séculos, sendo transmitida de geração a geração. Antigamente, os sapateiros, além de consertar sapatos, tinham também que fazê-los.
Hoje em dia ainda existe quem procure o artesão de mãos sábias, que faz renascer algo que para nós parece estar muito velho ou acabado.
Quem sobe a Rua Melo Viana, principal via de acesso que liga o Bairro Morrinhos ao Centro, se surpreende ao constatar que a sapataria e o estúdio de foto e vídeo ficam lado a lado e pertencem a mesma pessoa, Edvaldo Oliveira dos Santos, fotógrafo há 12 anos e sapateiro há mais de 20 anos, profissão esta que herdou do pai.
- Apesar das dificuldades, a profissão de sapateiro resiste ao tempo. Tenho conseguido conciliar estas duas profissões e é com elas que sobrevivo.
Edvaldo Oliveira herdou a profissão de sapateiro do pai
(foto: WILSON MEDEIROS)
Edvaldo lembra um fato que aconteceu no dia 28 de março de 1998, quando consertou os sapatos de um rapaz chamado Jerry Martins de Queiroz, morador do Bairro Maria Cândida, que iria se casar na noite daquele dia.
- No mesmo dia, fui contratado por Patrícia Soares Queiroz para fazer a filmagem e fotografar o casamento. Na hora da cerimônia, a surpresa: o sapateiro do noivo era o mesmo fotógrafo contratado pela noiva – recorda.