O povo reclama: Moradores dos bairros Monte Carmelo e Pampulha também soltam a voz

Jornal O Norte
Publicado em 17/08/2009 às 11:04.Atualizado em 15/11/2021 às 07:07.

Rubens Santana


Repórter



Moradores dos bairros Monte Carmelo e Pampulha, localizados na região Nordeste de Montes Claros, estão indignados e revoltados com o abandono em que se encontra aquela parte da cidade. Na Avenida Dulce Sarmento, um simples trevo realça dois parâmetros totalmente opostos que são acometidos diversos moradores da região: de um lado, uma pavimentada avenida com uma grande movimentação de veículos e pedestres, além de diversos comércios que proporcionam produtos e serviços de todos os segmentos.



(foto: RUBENS SANTANA)


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Já do outro lado do trevo, na continuidade da avenida, que poderia ser a principal via de acesso e ligação com a área central, uma calamidade: ela está totalmente abandonada.



Com tanto abandono pelo poder público municipal nos últimos anos, João Henrique Soares, 52 anos, morador do bairro Monte Carmelo há mais de quinze anos, observa que já não espera mais nada de ninguém para resolver os problemas.



- Eu já coloquei nas mãos de Deus. Porque o homem não pode fazer mais nada. Já tem mais de quinze anos que eu convivo com isso aqui e eles não fazem nada. Só mesmo um milagre de Deus pra resolver nosso problema - diz.



O proprietário de uma oficina mecânica próxima à nova sede da secretaria municipal de saúde; antiga Unimed; observou que possui a oficina há mais de dez anos no local, e ficou eufórico quando aconteceu a inauguração da  Unimed na região chegando a ficar animado com a idéia, presumindo que os problemas iriam acabar.



- Quando inaugurou o hospital aqui há um tempo atrás eu imaginei que o progresso iria chegar aqui. Mas o que acompanho durante todos esses anos é só abandono. Em época de eleição o prefeito vem aqui e nos enchem de promessas. Nossos problemas continuam - diz.



- Será que eles são mais importantes do que nós? A quem se destina aquela obra? Lógico que é interesse político. Enquanto isso, ficamos a mercê da sujeira e da bagunça. Afirma ressaltando que como todo brasileiro não desiste de acreditar em um ideal. Ele acredita que com a transferência do serviço municipal de saúde para o antigo prédio da Unimed, bons ventos possam soprar para aquela região.



O que era para ser um canteiro central, com possibilidades de uma pista de cooper para os adeptos das caminhadas, é um depósito para proprietários de lotes no local armazenarem material de construção. Uma parte da avenida já está totalmente tomada por entulhos.



Além de todos esses problemas enfrentados pelos moradores, eles são obrigados a conviver com o mau cheiro do Córrego das Melancias. Com entulhos e água parada, a proliferação do mosquito Aedes Aegypti é iminente no local.



O motorista Sebastião Rosa Alves, 46 anos, morador do bairro Pampulha, informa que no início da noite o cheiro é insuportável e com a escuridão torna impossível alguém passar pelo local.



- É o único lugar que possuímos para passar ou então temos que dar a volta lá pela Avenida Atlântida. Ainda bem que temos essa pontinha aqui. Diz.



De acordo com ele, a ponte serve para diminuir a distância para diversos locais, e que se no local fosse uma avenida com uma ponte evitaria muito transtornos para os moradores do bairro.

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