Geraldo Corrêa Machado Filho, médico, ex-vereador e ex-presidente da câmara municipal de Montes Claros, faleceu na madrugada de sábado, aos 53 anos, em decorrência de complicações provocadas pela gota, doença que o acometeu há anos. Seu corpo foi velado no plenário da câmara municipal e sepultado na tarde de sábado, no Cemitério do Bonfim.

Depois do velório da câmara municipal, caixão com o corpo de Geraldo Machado, rodeado por coroas de flores, é colocado sobre o carro do Corpo de Bombeiros

(fotos: Manoel Freitas)

O adeus: abraço dos familiares resume toda a emoção da despedida

Filho do médico Geraldo Corrêa Machado e da pedagoga Tahis Guarinelo Corrêa Machado, Geraldão, como era chamado, elegeu-se vereador pela primeira vez em 1977, pela Arena. Pelo PSDB, ganhou as eleições de 1993 e 1997.

Geraldão deixa viúva a médica Mercês Borém Corrêa Machado e os filhos Geraldo, Lucas e Daniel.

Uma das últimas imagens do ex-presidente da câmara municipal de Montes Claros, durante solenidade de inauguração da sede do Conselho Regional de Odontologia. Geraldão na companhia dos vereadores Marcos Nem, Júnior Samambaia, Raimundo do INSS, Carlos Pimenta e Jairo Ataíde

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GERALDÃO

De família de políticos, pai, avô, tios-avôs, primos, Corrêa Machado, Souza Lima e por casamento, amor/afinidade/dedicação/afetividade/devoção, os Borém, neto de Juiz de Direito, você não herdou dele apenas as feições, mas, acima de tudo, o senso de justiça. Na câmara, seguindo os passos do sangue de seus ancestrais, consagrou-se como defensor daquele que seria o grande construtor da Montes Claros do futuro. A sua lealdade, às causas e pessoas que serviu foi uma marca na sua carreira.

De coração grande, culto, romântico, exímio negociador e conciliador, excelente orador, capaz de enfrentar os maiores desafios políticos, contribuiu de forma notável para a Montes Claros nos últimos 30 anos. Médico e fazendeiro, fez do Mangalarga Marchador o seu hobby: cavalgava no imaginário e nós com você.

Lembra-se de Cacique, aquele presente que você me deu? Ainda está aqui, cavalgando. Homenagens, Geraldão, que você deveria ter recebido em vida, por toda Montes Claros, por aquela que você amou, sonhou e lutou, somente recebeu agora que nos deixou.

A memória das pessoas é curta e as ASCONS da vida e dos políticos sabem disto. Entre muitas das suas ações em benefício da cidade, lembro-me de uma que você me confidenciara: a sua luta na câmara em 1977 para que a Escola Técnica ocupasse um imóvel municipal no Alto São João. Não sei se as pessoas ainda se lembram disto, se alguém o homenageou por isto, mas você conseguiu. Você enxergou o futuro, lutou por ele, também na educação. Ali, milhares de jovens obtiveram a qualificação profissional e atenderam aos anseios das empresas que se instalaram no Parque Industrial. Você conseguiu e aí o patrimônio daquela instituição começou. Montes Claros é devedora de você e da Dra. Tetêse, seu grande amor, companheira de todas as horas e mãe exemplar. Fique em paz Geraldão, você que sempre procurou viver assim. Interpretando o sentimento de seus amigos e admiradores, registro neste canto de papel a sua importância para a nossa Montes Claros.

Obrigado Geraldão, Geraldo Corrêa machado Filho, muito obrigado pela sua existência e pela nossa convivência!

A cidade, enlutada, agradece a você e eu, pelos diálogos, conversas, histórias e estórias relembradas, risadas escancaradas, agradeço o exemplo otimista de vida que você transmitia a todos nós.

Dr. Geraldo, D. Thaís, Dra. Tetêse, seus filhos, irmãos, haverão de compreender que o filho, esposo, pai e irmão exemplar, cumpriu com o seu papel, raro hoje em dia entre os homens públicos: o papel de cidadão montes-clarense.

Obrigado Geraldão, em nome de nossa cidade, de seus amigos e admiradores!

Renato Tupiniquim