(Divulgação MGG)
Após dois anos sem a festa promovida pelo Movimento Gays dos Gerais (MGG), Montes Claros volta a ser palco da Parada LGBT amanhã. A 12ª edição do evento promete reunir 10 mil pessoas – na última vez, em 2014, 5 mil homossexuais, lésbicas, gays, transexuais, travestis, transgêneros e simpatizantes da causa lotaram a avenida Ovídio de Abreu.
A Parada busca a efetivação de políticas públicas voltadas para igualdade de gênero e aborda a importância do respeito e amor. A primeira edição do evento foi realizada na principal avenida de Montes Claros, a Deputado Esteves Rodrigues (Avenida Sanitária), local que permitia a concentração de mais pessoas. Até hoje, a 4ª Parada LGBT foi o maior recorde de público, com 28 mil pessoas. Contudo, segundo o MGG, não foi possível fazer em 2014 o evento no mesmo local, pois o número de voluntários e apoiadores era baixo. “Desta vez conseguimos o apoio de mais pessoas, patrocínio de empresários e simpatizantes. Vamos fazer um evento para toda sociedade, não somente para a comunidade LGBT”, explica José Candido Souza Filho (Candinho), presidente do MGG.
Ainda de acordo com Candinho, o movimento desperta a conscientização nas famílias sobre respeito e aceitação. “O preconceito maior está dentro das famílias. Tivemos recentemente um adolescente que tirou a própria vida porque os pais não aceitaram a condição sexual dele. O preconceito está nos pequenos detalhes, por exemplo: um comerciante vai nos patrocinar e pediu para não identificar a empresa – isso é uma forma de preconceito, de não querer ligar o nome da empresa à Parada LGBT”, lamenta.
A Parada LGBT 2017 será realizada na Avenida Sanitária, às 16h, com diversas atrações musicais, como o bloco Raparigas do Bonfim, a cantora Patrícia Broz, a cover de Lady Gaga (Keila Gaga, 19 apresentações de drag queens e diversos DJs.
CURA GAY
Recentemente, um juiz determinou que homossexuais sejam considerados pessoas doentes, o que contraria a determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A Parada veio num momento importante, pois o atual cenário é um verdadeiro retrocesso. Não estamos doentes, não somos doentes. O MGG e diversas Ongs repudiam isso”, enfatiza Candinho.