Montes-clarense trabalhou 83 horas para comprar cesta básica em março

Jornal O Norte
Publicado em 06/04/2010 às 08:37.Atualizado em 15/11/2021 às 06:25.

Em março do de 2010, a pesquisa de variação de preços realizada pelo setor de índice de preços ao consumidor - IPC - do departamento de economia da universidade estadual de Montes Claros registrou, para as famílias com rendimentos entre um e seis salários mínimos, índice de 1,06 ponto percentual. Com esse resultado, o acumulado do ano é de 3,06%.



O índice de preços ao consumidor é elaborado para medir a evolução dos preços de um conjunto de produtos, bens ou serviços no varejo montes-clarense, ou seja, da forma como eles chegaram até o consumidor final. A metodologia de cálculo é a comparação dos preços médios do mês atual com os preços médios do mês imediatamente anterior. Os preços são pesquisados por uma equipe de quatro coletadores que visitam atualmente 280 estabelecimentos comerciais, distribuídos nos bairros da cidade, com início da coleta de preços todo primeiro dia útil do mês.



Os preços dos gêneros básicos que compõem a ração essencial mínima registraram, em março de 2010, variação positiva de 0,35 ponto percentual em relação a fevereiro de 2009. 



Para realizar a pesquisa da cesta básica, o IPC Moc baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para se produzir como força de trabalho.



O trabalhador local, com renda bruta de R$ 510 utilizou, em março de 2010, 34,89% de seu salário para a compra dos treze produtos que compõem a cesta básica em suas respectivas quantidades. Essa cesta custou ao trabalhador R$ 177,94, em oposição aos R$ 177,31 de fevereiro de 2010.   



Após a aquisição da cesta básica, restaram ao trabalhador R$ 332,06 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transportes.



Com relação às horas trabalhadas no mês de março de 2010, foi necessário ao trabalhador despender de sua jornada de trabalho mensal 83 horas e 39 minutos, em oposição às 83 horas e 21 minutos do mês anterior, para adquirir os alimentos básicos à sua subsistência.



Dentre os treze produtos que compõem a cesta básica, as principais variações positivas ocorreram nos preços da margarina, 13,84%; batata inglesa, 9,01%; farinha de mandioca, 7,71%; açúcar, 6,44%; óleo de soja, 2,12%, e arroz, -0,18%.



Os produtos que apresentaram queda em seus preços foram o leite tipo C, -5,06%; banana caturra, -4,03%; carne bovina, -3,02% e, café, -1,61%.



Vale ressaltar que o feijão, o tomate e o pão-de-sal mantiveram seus preços estáveis no mês de março quando comparados a fevereiro de 2010. (Fonte: IPC Unimontes)

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