Com objetivo de reduzir o número de cães e gatos abandonados nas ruas de Montes Claros e de evitar os maus-tratos aos animais, o grupo de protetores “Eu Salvo” promove toda quinta-feira uma feira de adoção na praça do bairro São José, às 18h.
São cachorros e gatos, adultos e filhotes. Os interessados em adotar devem levar documentos pessoais e comprovante de endereço.
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses de Montes Claros, há um número estimado em 8 mil animais nas ruas da cidade, sendo 700 deles portadores de leishmaniose. Até hoje, o grupo “Eu Salvo” resgatou cerca de 120 animais. A maioria foi encontrada praticamente morta, vítimas de acidente, doenças e maus-tratos.
Um dos resgatados é o cachorro Jamaica. Ele foi encontrado em um ponto de ônibus no bairro Cristo Rei. Jamaica foi atropelado e perdeu o movimento das patas traseiras.
“Vimos o pedido de resgate nas redes sociais e levamos o Jamaica para uma clínica particular. Além de amor e carinho, ele precisa de uma casa com espaço, porque se movimenta muito”, explica Marília Diniz, integrante do “Eu Salvo”.
Para tentar encontrar um lar para o animal que se movimenta com a ajuda de uma “prótese”, o grupo conta com a parceria da fotógrafa Anne Almeida, que fez um ensaio de Jamaica. Todo o charme e disposição do animal foram retratados pela profissional para sensibilizar a população e encontrar alguém que se apaixone pelo modelo.
Anne, que é fotógrafa infantil, encarou o desafio de ser “paparazzi pet”. O ensaio foi realizado no Parque Municipal.
“Ele é muito fofo, um cachorro muito sociável com adultos e crianças, fácil de entrosar. Nesse ensaio, ele correu muito e brincou com todos que passavam pelo local”, ressalta a fotógrafa.
EU SALVO
O grupo foi fundado em 2017, mas não possui sede própria. Os animais resgatados ficam em lares temporários que são encontrados pelos participantes. Com recursos próprios e doações, o grupo custeia a castração dos cachorros e gatos. O intuito é que eles sejam adotados vermifugados, vacinados e sem a capacidade de se reproduzir, evitando a corrente contínua do abandono.
“Tentamos fazer o que está dentro do nosso possível, pois não temos um lugar para abrigar os resgatados. Ficamos com eles durante o tratamento e depois colocamos para adoção. Atualmente, estamos alimentando seis filhotes que foram abandonados na região da Somai”, explica Marília.
(ANNE ALMEIDA/DIVULGAÇÃO)
(DIVULGAÇÃO)