Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
O Norte ouviu na manhã de ontem, segunda-feira, o ex-vereador e idealizador para a construção do Mocão, Aristóteles Mendes Ruas. Ele afirma que falta um empenho maior por parte dos administradores para a concretização deste projeto que se iniciou há mais de 30 anos. Segundo Aristóteles, o lançamento da pedra fundamental do Mocão foi em 1965, na administração do ex - prefeito Pedro Santos. Ele recorda com precisão que para este lançamento estiveram presentes na cidade pessoas ilustres do cenário esportivo, como o então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, João Havelange e o presidente da Federação Mineira de Futebol, José Guilherme.
O ex-vereador Aristóteles Mendes Ruas, um dos idealizadores do Mocão, diz que falta empenho para a construção do estádio
(foto: Wilson Medeiros)
Aristóteles que era vereador pela Arena - Aliança Renovadora Nacional lembra que foi dele quem partiu a iniciativa de colocar o projeto em pauta na câmara de vereadores daquela época. Ele salienta que o ex-prefeito Pedro Santos doou o terreno para a construção do Mocão e na administração de Toninho Rebello iniciaram os trabalhos de escavação no local.
EVOLUÇÃO
Segundo Aristóteles, é preciso fazer um paralelo da construção do Mocão com outros aspectos importantes para o desenvolvimento da cidade. Ele chama a atenção quanto à necessidade de se mudar a cultura do esporte na cidade e, sobretudo, não trabalhar no esporte e em outros setores como se Montes Claros ainda estivesse, em termos de desenvolvimento, com 30 anos de atraso.
– Somente os ex-prefeitos Pedro Santos, Toninho Rebello e Jairo Ataíde deram alguns passos importantes para a solidificação desta obra. Esta é uma obra que exige muitos recursos e temos, até o momento, somente ações acanhadas. É preciso mais união em torno deste assunto – diz.
Ele ressalta ainda que o estádio municipal continua sendo a grande necessidade do esporte na cidade sendo e depende de sua construção para que Montes Claros possa receber grandes jogos.
– Só teremos a inclusão do esporte da cidade no cenário nacional depois da construção do Mocão, do contrário continuaremos estagnados - ressalta.
PROMESSA
Diante da demora para a construção do Mocão, o vereador Athos Mameluque (PMDB), afirma que um dos motivos da demora é a questão eleitoral. Ele explica que o prefeito Athos Avelino Pereira quer deixar a construção do estádio para 2008, devido o pleito eleitoral que se aproxima.
Athos Mameluque ressalta que a quantia de 2 milhões de reais já se encontra depositada na Caixa Econômica Federal e mais 150 mil reais de barras de ferro foram compradas e que estão no pátio da Esurb - Empresa municipal de serviços, obras e urbanização. No entanto, entregar o Mocão para a sociedade no aniversário da cidade, que acontece no dia 03 de julho, vai ficar na promessa.
– Dou a sugestão para o prefeito para que o mesmo faça logo o estádio, que poderia ser também uma arena multiuso, com a realização de shows musicais encontros religiosos e porque não dizer, o carnamontes – ressalta.
Na mesma linha de raciocínio do vereador Athos Mameluque, está Alexander Ferreira, que mora no bairro Vila Anália e entende que a construção do estádio traria desenvolvimento e geração de empregos. De acordo com ele é triste ver o sonho de um estádio municipal virar um pesadelo uma vez que o que se vê no local é muita poeira e mato em volta.
– Entendo que hoje o maior buraco da cidade é o Mocão, o que é profundamente lamentável - finaliza.