Médicos do Sistema Único de Saúde cruzam os braços

Jornal O Norte
Publicado em 21/11/2007 às 10:48.Atualizado em 15/11/2021 às 08:23.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



Os médicos que atendem pelo SUS – Sistema Único de Saúde fazem hoje em todo país uma paralisação de advertência. O vice-presidente do Conselho regional de Medicina, Itagiba de Castro Filho, explica que todo o procedimento eletivo, aquele que não faz parte do atendimento urgência e emergência, estará com as atividades paralisadas no Norte de Minas.



Ele explica que atualmente um médico especialista que atende pelo SUS, recebe R$ 10,00 por consulta, e o não especialista R$ 3,70. – Um médico que trabalha na sala de parto recebe R$ 27, 00, e que faz o parto e pós-parto recebe R$ 207, 00, diz o vice-presidente.



Segundo Itagiba, uma das exigências é o cumprimento da lei nacional que estabelece o piso de R$ 3.841,00 por duas horas de trabalho por dia e de R$ 6.882,00 por quatro horas de jornada diária. Lembra ainda que, com esses valores o profissional da área médica se vê obrigado a trabalhar em vários lugares para manter um padrão de vida estável proporcionando qualidade de vida para a família.



Nos Estados a mobilização consta de uma série de atividades organizadas pelas entidades médicas locais, que vão desde paralisações até debates sobre a precariedade do sistema de saúde e a remuneração dos médicos.



- A categoria está reivindicando um reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do SUS, o aumento do piso salarial de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho e carreira de Estado. Além disso, os médicos requisitam um plano de cargos e salários para os profissionais do Sistema Único de Saúde.



Os médicos reivindicam ainda, um plano de cargos e salários para os profissionais do Sistema Único de Saúde.



PESQUISA



Dados de uma pesquisa do Conselho de Medicina apontam que um médico trabalha de 12 a 14 horas por dia, o que reflete e compromete significativamente no desempenho profissional.



- O protesto se faz necessário, uma vez que as condições de trabalho são desconfortáveis, tendo em vista, a pressão que o médico sofre no seu local de trabalho, como falta de condições para participar de especialização e ausência de condições físicas adequadas para trabalhar em inúmeros lugares, afirma Itagiba.



Para ele, a situação é preocupante, não apenas em Montes Claros, mas, em todo o país. - Faltam recursos e mais investimentos na área da saúde, diz.

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