Samuel Nunes
Repórter
Em contato com O Norte na manhã de ontem, a assistente social Sônia Gomes, uma das organizadoras da Caminhada das Mulheres, que aconteceu no último dia 12 de março, revelou que a passeata surtiu efeito, uma vez que a Câmara Municipal já agendou para a próxima quinta-feira, às 7h45, audiência pública objetivando discutir o retorno da Delegacia da Mulher, prevista na Lei Maria da Penha (Lei Número 11.340 de 07 de agosto de 2006), e também a implantação do abrigo municipal para acolher mulheres vítimas de violência, cujo número de casos só cresce em todos os bairros da cidade.
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Uma das reivindicações da caminhada foi a retomada da Delegacia da Mulher em Montes Claros
- Foi importante a presença das 18 entidades como, por exemplo, o Conselho Arquidiocesano de Leigos (Coarle), o Centro de Referência, Apoio e Defesa da Cidadania (Cerradania), associações de moradores e estudantes universitários, que deram o suporte necessário para que a Caminhada das Mulheres fosse realizada – ressaltou.
Sônia salienta que estas entidades têm cobrado do poder público uma posição mais firme diante das mazelas sociais do município e que são importantes neste debate.
- A pressão popular neste momento é importante. Não é porque passou o mês de março, onde tradicionalmente é lembrada a luta das mulheres, que vamos esquecer de endereçar as nossas reivindicações – diz.
A integrante da mesa de honra do momento formativo da Caminhada das Mulheres, Laura Leite Amorim, demonstra otimismo em relação à audiência a ser realizada e os movimentos em defesa da mulher que têm acontecidos no município e que, segundo ela, merecem destaque.
- Apesar das várias batalhas travadas pela igualdade de direitos da mulher em relação ao homem, todas as mulheres que trabalham unidas vencem – afirmou.