Edmilson Guimarães
Colaboração para O Norte
Produtores rurais e moradores próximos ao aterro sanitário de Montes Claros, localizado na saída para Pirapora, fazem uma manifestação agora pela manhã, em frente à prefeitura de Montes Claros, para protestar contra a permanência do lixão no local.
A manifestação será durante reunião que acontece na secretaria de Planejamento, com representantes da Feam - Fundação estadual de Meio Ambiente, Anac - Agência nacional de Aviação Civil e ministério público, para discutir os danos causados pelo lixão ao meio ambiente e ao tráfego aéreo na cidade.
AMBIENTE PERIGOSO
Mau cheiro, proliferação de animais peçonhentos como ratos e baratas, escorpiões, a presença incômoda de milhares de urubus e danos ao meio ambiente provocados principalmente pela contaminação do rio Vieira, pelos resíduos tóxicos despejados em sua nascente, são algumas das denúncias feitas pelos moradores.
Por não tomar nenhuma providência a respeito, a prefeitura de Montes Claros foi multada recentemente em cerca de 50 mil reais. O lixo hospitalar da cidade e resíduos industriais também são jogados no lixão, sem que sejam obedecidas as normas de segurança.
Outro problema grave é a possibilidade de contaminação de um reservatório da Copasa, que fica próximo ao lixão, o que pode prejudicar toda a população que consome a água fornecida pela empresa.
FORA DA LEI
Por lei, o aterro sanitário não poderia funcionar no local. Além dos inúmeros danos aos vizinhos e ao meio ambiente, ele teria de estar a uma distância mínima, em linha reta, de 20 quilômetros da pista do aeroporto de Montes Claros. O lixão se localiza a apenas 10,5 quilômetros do aeroporto.
Na manifestação de hoje, a partir das 8h30, proprietários rurais e moradores da região do bairro São Geraldo II vão pedir a imediata interdição do lixão, que deverá ser transferido para um outro local, conforme já exigiram o ministério público e órgãos ambientais.