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Terça-Feira,26 de Agosto

Magnus Medeiros deixa saudade

Professor e jornalista morreu ontem aos 83 anos; corpo será sepultado nesta terça-feira (26), às 9h

Adriana Queiroz
Publicado em 26/03/2019 às 06:46.Atualizado em 05/09/2021 às 17:57.

Uma grande comoção marca Montes Claros com a morte do professor e jornalista/colunista Magnus Medeiros, que está sendo velado desde esta segunda-feira (25) na Funerária Avelar. Muito querido pela cidade, Magnus será sepultado nesta terça-feira (26), às 9h, no Cemitério do Bonfim.

O colunista foi vítima de uma parada cardior-respiratória, depois de ficar mais de um mês internado na Santa Casa em consequência de um AVC.

Neste mês, Magnus celebrou 83 anos de idade e 39 de imprensa. No Colégio Tiradentes e Escola Técnica atuou como professor de Geografia. E como promotor de eventos, realizou com êxito a festa “Mulheres de Ação e Nomes de Expressão”.

Começou como jornalista no extinto Diário de Montes Claros, fundado por Décio Gonçalves de Queiroz e Júlio César de Melo Franco. Passou por outros jornais da cidade e, por último, assinava uma coluna em O NORTE.

Também gostava muito de cantar. “Nos bailes da vida, nos bons tempos do Clube Montes Claros e da boate da Praça de Esportes, a noite não podia terminar sem sua ‘canja’ para encerrar com chave de ouro. Solicitado por insistente aplauso para subir ao palco, ele atendia e abria o espetáculo cantando Agustín Lara, Maysa, Vinícius”, escreveu o saudoso escritor, jornalista e historiador Haroldo Lívio de Oliveira em uma de suas crônicas.

Para a ex-deputada Raquel Muniz, Magnus Medeiros sempre foi um ser humano de coração enorme. “Magnus Medeiros sempre nos ensinou muito. Sua coluna ia além dos eventos. Trazia sempre uma mensagem que nos fazia refletir, além de regras de etiqueta, histórias da nossa cidade e regras de português. Montes Claros perde um filho querido e nós, um amigo inigualável, inesquecível. Magnus ficará em nossa memória e em nossos corações. À família, nossos sentimentos”, declara.

Para o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, Dário Cotrim, Magnus era uma pessoa alegre e criativa. “Gostava de cantar e tocar piano e realizava as suas atividades sociais com muito brilhantismo e inteligência. A sua coluna no jornal O NORTE trazia preciosas informações sobre o mundo social, comportamento humano e a nossa língua pátria. Era associado do Instituto, onde ocupava a cadeira número 15, que tem como patrono o jornalista Ataliba Machado. Foi professor de Geografia no Colégio Tiradentes, granjeando a simpatia e o carinho de todos os seus alunos”, lembra Dário.

A médica e jornalista Mara Narciso lamentou a perda. “Magnus Dener Medeiros foi morador da rua Carlos Pereira, vizinho do meu avô Petronilho Narciso. Seu avô, Seu Tota, era o dono da casa assobradada, imponente e bonita na qual Magnus manteve-se firme, sem se deixar tragar pela especulação imobiliária, morando lá por todas essas décadas”, conta Mara.

Amiga de longa data do colunista, a artista plástica Felicidade Patrocínio diz que recebeu com pesar a notícia. “É certo que ele sempre priorizou os acontecimentos sociais da nossa cidade. As artes e os artistas da cidade que o digam. Magnus sempre se fez presença, apoio e incentivo. Sua página foi também sempre enriquecida com reflexões espirituais necessárias, plenas de humanismo”.

(LEO QUEIROZ)

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