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Segunda-Feira,25 de Agosto

Mãe luta contra doença rara e degenerativa do filho

Jornal O Norte
Publicado em 08/12/2010 às 16:46.Atualizado em 15/11/2021 às 06:46.

Samuel Nunes


Repórter



A reportagem de O Norte esteve na manhã desta quarta-feira, 08, no bairro Santos Reis, precisamente à rua Padre Fabiano na residência da autônoma Edilene Maria Galindo Soares, cujo filho Ataíde Alves Junior, de 16 anos, convive há quase um ano com doença de Devic, uma doença degenerativa cujos sintomas incluem perda marcante da visão, alterações de sensibilidade, fraqueza muscular, incontinência urinária, entre outros.



Foto: Samuel Nunes   


nullEdilene Maria Galindo Soares: Preciso de um plano de saúde para o meu filho, ajuda na alimentação, e uma casa adaptada à nova realidade



Com a doença, o adolescente perdeu de forma inesperada a visão, e mudou a maneira de viver da família humilde.



Edilene conta que o início do problema se deu a partir do mês de outubro do ano passado e em fevereiro deste ano seu filho teve perda total da visão. Com os olhos lagrimejando, mas, ao mesmo tempo demonstrando determinação e vontade de lutar em prol da vida do filho. Edilene conta que tem gasto mensal de aproximadamente R$ 400,00 na compra de um medicamento que tem como função retardar as crises provocadas pela doença, que é irreversível. Revela que cada consulta custa em torno de R$ 600,00 e é realizada em Belo Horizonte com um neuroftamologista.



- Já gastei em torno de 30 mil reais com todo o tratamento do meu filho, todas as contas da minha casa estão atrasadas e tenho trabalhado para ajudar na saúde dele. Os gastos em medicamentos e consultas é tudo com a ajuda de amigos e parentes, uma vez que não tenho recursos financeiros para pagar o tratamento. Recentemente um grupo de amigos se uniu e organizou um bingo de quatro bicicletas. O sorteio será no próximo dia 17 de dezembro,  às 19h, à Rua Antônio Martins, no bairro Santos Reis. A renda do bingo será revertida em prol do tratamento do Ataíde Junior, conta.



ADAPTAÇÕES



Edilene Galindo salienta que por indicação médica terá que mudar de casa, ela que já paga aluguel diz que tem mais esta adversidade vive. Lembra que o filho não pode ficar em um ambiente onde faz muito calor, por isto, o circulador de ar deve permanecer ligado 24 horas por dia.



- Preciso de um plano de saúde para o meu filho, ajuda na alimentação, e uma casa adaptada à nova realidade que nossa família enfrenta. Uma casa onde há fácil acesso para ele que agora é um deficiente visual. Por isto conto com a ajuda da comunidade montes-clarense. O que me faz viver, enfrentar este difícil momento é mesmo somente Deus. No início da doença tive depressão, chorava muito. Mas tive que reagir para ajudar meu filho a viver, sou mãe e Deus quem me deu esta missão. A cada dia que ele amanhece vivo é uma vitória que conquistamos, no entanto, é também mais um grande desafio pela vida, frisa.



DIFÍCIL 



A reportagem de O Norte conversou também com Ataíde Alves Junior este disse que sua vida mudou radicalmente, pois depende de outras pessoas para realizar as atividades que antes fazia sozinho.



- Eu era um menino saudável, jogava bola, brincava na rua, trabalhava em uma lanchonete e lava carros e motos. Tudo isto para ajudar no orçamento familiar. Infelizmente não posso fazer isto mais, pois não enxergo e jamais voltarei a enxergar, conto com a ajuda da comunidade, desabafa.



Interessados em contribuir com a família podem entrar em contato por meio do telefone (38) 9192-5928 ou mesmo à Rua Padre Fabiano nº 211.

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