Samuel Nunes
Repórter
Pequi. No Norte de Minas, muitas famílias sobrevivem da venda deste que é um dos símbolos da cidade e região. O centro de Montes Claros, especialmente o mercado municipal, volta a ser impregnado pelo aroma inconfundível desta frutinha amarela, oferecida em carrinhos de mão nas esquinas.
Nas ruas, no mercado e nas feiras livres dos bairros, a tendência é a de sempre também: o preço salgado da dúzia, que hoje varia de R$ 10,00 a R$ 15,00, poderá, já em meados do mês de dezembro, cair vertiginosamente, podendo ser vendido por R$ 6,00 a dúzia ou duas dúzias por R$ 10,00.
Adriana Queiroz
Wesley Souza diz que época do pequi é bem vinda,
pois significa mais renda para sua família
O comerciante Wesley Souza trabalha há mais de 12 anos vendendo frutas e verduras no mercado. Ele conta que, neste período que antecede a safra propriamente dita, mesmo com o preço salgado, consegue vender cerca de 30 dúzias de pequi diariamente. Já no período da safra, afirma que o número de dúzias vendidas aumenta sobremaneira chegando a até 90 por dia.
Apesar de o pequi custar no momento quase o valor de um quilo de carne, que está em R$ 10,00 em alguns açougues, Tiago Araújo também comemora as primeiras vendas do produto no mercado municipal.
- Fico feliz com a chegada do pequi, pois significa mais vendas. É uma fruta de época e certamente a mais vendida - afirma.
Charles Moises, também vendedor, afirma que o movimento de clientes aliada ao rendimento financeiro, em sua banca neste período, aumenta em até 80%.
- Pequi é a fruta símbolo da região que atrai para o mercado não somente os montes-clarenses, mas também turistas que vêm de todas as partes do Brasil em busca desta fruta que é uma tradição. Geralmente, quem compra o pequi acaba por adquirir outras frutas também - diz.
SUBPRODUTOS
A reportagem encontrou também, em duas bancas do mercado municipal, aqueles que, independentemente da época, têm pequi durante ao ano inteiro. Com, por exemplo, a banca de Luiz Quintino Loiola, que vende pasta e raspa de pequi em vidros de todos os tamanhos e variedades.
Luiz Quintino Loiola: - Tanto a pasta quanto a
raspa de pequi têm validade de até dois anos
Com valores variando entre R$ 6,00 e R$ 10,00, ele afirma que tem clientes do Rio de Janeiro e São Paulo.
- Tanto a pasta quanto a raspa de pequi têm validade de até dois anos, o que favorece em muito sua compra. É bem vinda a safra, pois acaba por influenciar positivamente nas minhas vendas também - comemora.