A 45ª Expomontes promete movimentar R$ 400 milhões em negócios durante os dez dias de festa, são 120 estandes que ofertam os mais variados tipos de produtos e serviços. Mas a grande aposta econômica do evento são os leilões de equinos e bovinos. A expectativa é a de que a segunda categoria gere em torno de R$ 12 milhões com a venda de 9 mil cabeças de gado.
Números que devem superar os de 2018, quando foram comercializados mais de 8 mil animais, movimentando cerca de R$ 10 milhões.
E neste ano tem novidade. A raça angus, que até então não era comercializada no Norte de Minas, deve atrair a atenção dos pecuaristas. A criação está expandindo cada vez mais, com grande destaque para o corte, pois a carne é macia e saborosa, com reconhecimento no mundo inteiro.
O leilão da Expomontes é considerado o segundo maior de Minas, ficando atrás somente do de Uberaba. Serão sete dias de certames. No primeiro, realizado ontem, foram vendidos 1.600 animais. “A Expomontes é um medidor na comercialização do animal, é um termômetro de preço, sempre dá um up e acaba puxando valores”, afirma o diretor de leilões da Sociedade Rural de Montes Claros, Avelino Murta, que está otimista para este ano.
A aposta para esta edição é a raça de gado angus, tradicionalmente mais comercializada no Rio Grande do Sul. Serão 500 animais disponíveis. Um bezerro desta raça custa, em média, R$ 220 a arroba. Segundo Murta, para adaptar melhor à região norte-mineira, foi feito um cruzamento entre as raças angus e nelore – esses animais são destinados à produção de carne de qualidade superior por ser mais macia do que as das outras raças.
O diferencial deste animal, de acordo com Murta, é a disponibilidade para comercialização, pois são animais com o melhoramento genético – com 28 a 30 meses já estão prontos para o abate com a carne de melhor qualidade, em tempo mais curto.
“É um momento de comprar, vender e de recomposição na ascensão do preço da arroba do boi. Tem bem mais pasto do que antes, quem tem pasto compra, quem tem pasto retém. O pessoal está fazendo de tudo para reter animal e os que podem ainda disponibilizar do dinheiro, compra”.
VIRTUAL
Outra novidade este ano é o leilão virtual de touros e cavalos. Essa modalidade veio para suprir uma parte desse mercado em que o produtor tem a possibilidade de filmar o lote de animais na fazenda. Assim, não precisa gastar com o transporte até o parque e nem com comissão em caso de não vender.