
A 45ª Expomontes conseguiu atingir a meta em relação aos leilões realizados durante os dez dias de exposição. Foram R$ 10,4 milhões somente com vendas de bovinos e R$ 2 milhões com leilões de cavalos. O maior arremate foi o leilão “11º Qualidade Total RC”, que em apenas um dia faturou cerca de R$ 2,5 milhões. Segundo os organizadores, o destaque deste ano foi o comércio de animais geneticamente destacáveis no agronegócio.
O leilão da Expomontes é considerado o segundo maior de Minas, ficando atrás somente do de Uberaba. Foram comercializados 9 mil animais, destaque para os touros e os bovinos da raça angus com cruzamento de nelore – 500 cabeças de gado dessa espécie foram vendidas. Outro ponto que ajudou no faturamento foi o leilão virtual, em que os criadores puderam acompanhar ao vivo os arremates. Houve compradores de Uberlândia e da Bahia.
O diretor de leilões da Sociedade Rural, Avelino Murta, pontua que, além de movimentar a economia pecuária, esta edição dos leilões veio para atrair criadores e apresentar novos animais.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado final. O leilão é muito mais do que venda e compra, é a oportunidade de os criadores conhecerem o que tem de novo no mercado e de qual forma podem melhorar o rebanho”, ressalta o diretor.
Ainda segundo Murta, a participação de novos criadores foi uma surpresa. Além da comercialização, teve participante que foi aos leilões apenas para conhecer o processo.
“O engajamento desse público é de grande importância para o ramo. Tivemos animais de excelente qualidade, principalmente vacas de leite – um animal desses foi arrematado por R$ 9 mil”, encerra Murta.
TORNEIO LEITEIRO
A campeã do 8° Torneio Leiteiro foi a vaca Ivonete, da fazenda Bengo, de Francisco Sá. Ela tirou a coroa da vaca Branquinha, que venceu na edição passada e estava entre as favoritas. Ivonete produziu, em três dias, 58,85 quilos de leite, recorde de todas as edições.
Durante a 45ª Expomontes foram realizados dois leilões com os melhores equinos do Norte de Minas – Quarto de Milha e Mangalarga Marchador, considerado a “menina dos olhos” dos criadores da espécie. Os dois certames movimentaram aproximadamente R$ 2 milhões.
O mangalarga marchador é a raça mais cobiçada na região, 120 criadores, devido ao porte físico do animal, que pode ser usado para tarefas do campo e pela elegância, podendo participar de diversas competições.
ALGA MARINHA
Depois de três dias de competição, a égua Alga Marinha venceu o campeonato especializado de mangalarga marchador. De acordo com os organizadores do evento, foram avaliados a melhor sela (montaria), morfologia do animal (características física e genética) e o diâmetro da marcha. Alga Marinha é do criador Jorge Santos, do Haras Pacuí, e custa R$ 150 mil.
Jorge também levou o prêmio como melhor criador e expositor da raça – ele tem dez cavalos mangalarga. O garanhão chama-se Quadril Bavária e disputará a competição estadual, em Belo Horizonte, no próximo fim de semana. Ele está avaliado em R$ 500 mil.