A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurava o bárbaro assassinato de Thais Santos Oliveira, de 29 anos, ocorrido em 2 de dezembro. O suspeito do crime era ex-companheiro dela e foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, meio cruel e pela impossibilidade de defesa da vítima.
O inquérito foi instaurado mediante da prisão em flagrante do investigado, por equipes da Polícia Militar. Ele foi conduzido à delegacia de plantão da Polícia Civil.
A PCMG apurou que o casal havia terminado o relacionamento. Não aceitando o término, o suspeito passou a perseguir e a ameaçá-la em diversas ocasiões. Ele foi preso em 22 de novembro, em flagrante delito pelo crime de ameaça contra Thais. Na oportunidade, teve sua prisão ratificada, mas acabou colocado em liberdade pelo Poder Judiciário, na audiência de custódia, em 24 de novembro.
Segundo o delegado que concluiu o inquérito, Diego Flávio Carvalho, foi possível apurar com precisão, a dinâmica do crime e a motivação do autor – Thais estaria se relacionando com outra pessoa.
Entenda o caso
No dia 2 de dezembro, o suspeito invadiu a casa de Thais, pulando o muro do imóvel e chegou à cozinha, onde a vítima de se encontrava, passando a discutir com ela.
Ele se apossou de uma faca e desferiu oito golpes contra a vítima, fugindo em seguida. Toda a ação foi cometida na frente dos filhos da vítima – de 5 e 2 anos. A mais velha começou a gritar em desespero, chamando a atenção das vizinhas que foram até o local.
Uma delas, formada em enfermagem, tentou realizar os primeiros socorros em Thais. A outra viu o homem fugir. A Polícia Militar foi acionada e o prendeu em flagrante. O Samu foi acionado e constatou o óbito da vítima no local.
Motivação
Segundo o delegado, o crime foi motivado pelo fato de o homem não ter aceirado o término do relacionamento e nem que a vítima pudesse estar se relacionando com outra pessoa
O investigado foi indiciado pelo homicídio da vítima com três qualificadoras: por ter cometido um feminicídio, por ter empregado um meio extremamente cruel na execução e por impossibilitar a defesa da vítima.
O delegado completa que haverá uma causa de aumento de pena de dois terços pelo fato de ter cometido o crime na presença dos filhos. O autor encontra-se recolhido no sistema prisional à disposição do Poder Judiciário.