Produtores de soja têm até 15 de setembro para fazer o vazio sanitário da lavoura. A determinação é que, a partir deste mês, fica proibido o cultivo da soja e quem já tiver plantado deve colher até o prazo estipulado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Em todo O Estado, o IMA estipula fiscalizar 800 propriedades. Na região norte-mineira há plantações de soja nos municípios de Manga, Pirapora, Matias Cardoso, Janaúba e Jaíba.

As fiscalizações serão frequentes também nas áreas de abrangência das coordenadorias regionais do IMA em Montes Claros, Passos, Oliveira e Varginha. O vazio sanitário da soja é feito anualmente desde 2007, a partir de uma decisão da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e tem como objetivo prevenir e controlar a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que destrói as plantas infectadas, com prejuízos para os produtores de até 80%, causando impacto negativo para a economia e para o abastecimento do mercado.

O fiscal agropecuário do IMA e engenheiro agrônomo Wagner Machado explica que, no período em que vigora o vazio sanitário, as propriedades ficam livres dos hospedeiros (plantas de soja), diminuindo a incidência da praga na próxima safra.

“No período de fiscalização, ao constatar a presença da planta na propriedade, o IMA notifica o produtor para fazer a sua erradicação em até 10 dias. No retorno, após esse prazo, caso a plantação não tenha sido eliminada, o produtor estará sujeito a multa de 1,5 mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a R$ 5.389,80”, pontua o fiscal.
 
PRODUÇÃO            
Minas Gerais ocupa a sexta posição no ranking nacional de produção de soja, com previsão de 5 milhões de toneladas para este ano, em uma área de 1,6 milhão de hectares, de acordo com a Seapa.