Ação alerta para prevenção ao glaucoma

Hospital Mário Ribeiro e Funorte fazem, hoje, atendimento gratuito na Praça Dr. Carlos Versiane

Leonardo Queiroz
Publicado em 26/05/2022 às 10:03.
O número de exames para diagnóstico de glaucoma, no SUS, aumentou em 26% nos três primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2021 (KSENIA CHERNAYA/PEXELS)

O número de exames para diagnóstico de glaucoma, no SUS, aumentou em 26% nos três primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2021 (KSENIA CHERNAYA/PEXELS)

Nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A doença é a segunda causa de cegueira no mundo, sendo a principal responsável pela perda irreversível da visão. Para alertar as pessoas para os riscos e formas de prevenção da doença, o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira e a Funorte promovem, das 7h às 12h, uma ação gratuita de combate à doença.

O evento será realizado na Praça. Dr. Carlos Versiane, no Centro de Montes Claros, com triagem, medição da pressão ocular, informações sobre a patologia e encaminhamento dos pacientes.

De acordo com a médica oftalmologista Ariadna Muniz, é muito importante o diagnóstico precoce da doença. “O glaucoma é uma doença silenciosa que leva à degeneração do nervo óptico, sendo importante a conscientização das pessoas com relação a essa patologia. É uma doença irreversível e a prevenção é o melhor remédio”, alerta a médica.

Segundo Ariadna, uma vez que o paciente sofre o dano, não existe melhora, regeneração. “Existe apenas o controle de uma cegueira que é irreversível”, explica.
 
FATORES DE RISCO
Existe uma série de fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada, raça negra e hereditariedade.

Por ser uma doença crônica e que não tem cura, na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão.

A médica explica que há dois tipos de glaucoma: o de ângulo aberto – que é mais frequente nos países ocidentais – e o de ângulo fechado – mais comum no oriente. Cada um deles tem tratamento com intervenções específicas.

No glaucoma agudo de ângulo fechado, o paciente pode ter quadro de dor ocular importante, com aumento súbito da pressão intraocular, hiperemia ocular e visão de halos. O quadro deve ser tratado imediatamente.

No glaucoma de ângulo aberto há lesões características no nervo óptico e perda de função visual, junto com um ângulo aberto. Os pacientes com pressão intraocular elevada ou outros fatores de risco devem ser acompanhados regularmente.

Pacientes com glaucoma devem informar os familiares sobre o problema, pois há um risco aumentado de desenvolvimento na doença em quem tem a hereditariedade positiva. O exame oftalmológico deve incluir acuidade visual, refração, exame das pupilas, biomicroscopia, tonometria (medida da pressão), paquimetria (espessura corneana), gonioscopia (avaliação do ângulo de drenagem), fundo de olho e campo visual nos pacientes suspeitos de glaucoma.

O tratamento, no tipo de ângulo aberto, geralmente é feito com colírios hipotensores, sendo indicada cirurgia somente em casos específicos. Já o diagnóstico do glaucoma de ângulo fechado requer um tratamento mais rápido, clínico ou cirúrgico, para evitar a perda de visão. O bloqueio pupilar é a causa mais comum, sendo necessária a iridotomia a laser.

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