Hemocentro regional de Montes Claros incentiva cadastro para doação de medula óssea

Jornal O Norte
Publicado em 13/09/2007 às 10:38.Atualizado em 15/11/2021 às 08:16.

O Hemocentro Regional de Montes Claros está intensificando as campanhas de conscientização para doação de medula óssea, por meio de palestras, coletas externas e convites aos doadores de sangue. “O convite ao doador funciona bem. O candidato que vem ao Hemocentro pela primeira vez doar sangue e aquele que passa dois anos sem vir e retorna, participa de uma apresentação sobre a importância do cadastro para a doação de medula óssea”, explica Gislane Andrade Lopes, responsável pela captação e cadastro do Hemocentro. Ela afirma que essas pessoas recebem um convite para o cadastramento de medula, anexado aos pré-requisitos necessários à realização dessa ação. O Hemocentro funciona todos os dias para o cadastro de medula, de 7h30 às 18h.



Outro recurso que o Hemocentro de Montes Claros utiliza para aumentar o número de possíveis doadores de medula é a coleta externa. Nesse tipo de ação, são disponibilizados os equipamentos e os profissionais necessários à coleta até a área de convivência do candidato - como na empresa que ele trabalha ou na universidade que ele estuda. “Esse ano nós já fizemos três coletas externas, duas na Cemig aqui da cidade e uma no município de Água Boa. Além disso, temos uma coleta marcada para o dia 14 de outubro, no aeroporto de Montes Claros”, informa Gislane.



A responsável pela captação conta ainda uma história que pode sensibilizar as pessoas: “Uma menina da comunidade de Grão Mogol, cidade próxima a Montes Claros, faleceu devido à dificuldade de achar alguém que fosse compatível com ela e que pudesse realizar o transplante de medula. Com isso, oito pessoas de lá procuraram o Hemocentro para aprenderem sobre as especificidades do cadastro de medula e divulgarem a importância da ação na comunidade”. A chance de compatibilidade para a realização da doação de medula óssea é de 25% para pessoas aparentadas e de um para 100 mil entre pessoas não aparentadas.


 


CADASTRO



Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos, tenha boa saúde e não apresente doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, pode se cadastrar como doador voluntário de medula óssea. O candidato à doação recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue, que será submetida ao exame de classificação da medula (HLA) e enviado ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Quando surgir compatibilidade do doador com algum dos pacientes que aguardam o transplante, novos procedimentos vão garantir a efetivação da doação. No momento do cadastro, é indispensável a apresentação da carteira de identidade ou da carteira de trabalho nas unidades da Fundação Hemominas no Estado.



No momento da doação da amostra de sangue, o doador assina um Termo de Consentimento onde seus dados cadastrais, o resultado da tipagem HLA e os outros resultados dos exames de Histocompatibilidade/Imunogenética serão incluídos no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea - Redome, coordenado pelo Laboratório de Imunogenética do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. Segundo o Termo, a amostra coletada nesta ocasião poderá ser utilizada em possíveis testes genéticos, desde que de maneira sigilosa.



De acordo com o Termo de Consentimento, o candidato à doação recebe orientações sobre o que é o transplante de medula óssea e o transplante de células precursoras e fica ciente que: o candidato à doação de medula óssea e/ou tecidos hematopoiéticos deve encontrar-se em bom estado de saúde e o resultado dos exames de compatibilidade (HLA) não estará disponível ao doador fazendo parte do cadastro do Redome.

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