Em um país onde o preconceito racial ou mesmo de classe social, ainda existe os praticantes do hip-hop, que também sofrem deste tipo de descrédito por parte de muitas pessoas. Manoel Messias, vocalista do grupo Missionários Mcs, lembra que isto acontece não somente em Montes Claros, mas em todo o Brasil. Ele conta que, em relação ao preconceito o hip-hop vai à ferida e mostra a realidade do que acontece de fato no seio da periferia de uma cidade. Manoel desabafa, ao dizer ser comum o fato das pessoas darem importância a um livro a partir de sua capa, e que o mesmo acontece com o hip–hop, quando alguns julgam os integrantes desta cultura pela aparência.
- Passamos uma mensagem para que os jovens, em especial, não se envolvam no mundo do crime. É sempre uma mensagem de cunho social, e ao mesmo tempo positiva.
GRAVAÇÃO
O vocalista, com entusiasmo revela a gravação de um CD, com 12 faixas, com músicas de composição dos próprios integrantes, e voltadas para o movimento hip-hop. A capa do CD tem a fotografia do vocalista que foi feita, em forma de grafite, por um dos colaboradores do grupo. – O hip-hop é formado por quatro elementos que se juntam, dando vida ao mesmo, são eles, o Grafite, Dj, Mcs, e o Black.
Observa que fazer e viver da arte em Montes Claros é extremamente difícil diante do preconceito existente de forma camuflada na sociedade. Ele afirma que com a gravação deste CD, pretende revolucionar o movimento hip-hop na cidade, movimento este que não tem recebido nenhum tipo de apoio do poder público municipal.
Contato para apresentações pode ser feito através do telefone (038) 8811-5540. (SN)