O Norte de Minas esta enfrentando a pior seca dos últimos 30 anos, e em algumas cidades não chove há pelo menos 200 dias. 93 municípios já decretaram estado de emergência em conseqüência da longa estiagem, segundo dados da Defesa Civil do estado.
A população se apega a várias crenças religiosas como; procissões e novenas para pedir chuva para a região.
Segundo Ricardo Demicheli, gerente regional, da Emater- MG, - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas, neste período é comum à criação de frentes produtiva de trabalho, que é um recurso usado por meio do fundo emergencial da própria união, para amenizar os efeitos da estiagem. Essas frentes são iniciativas do poder público, destinadas a criar ofertas temporárias de oportunidades para pessoas vítimas da seca.
BOLSA SECA
Ricardo Demicheli afirma que devido a atual situação da seca na região, chegou o momento de se colocar em prática também o Bolsa Seca, que é um auxílio emergencial criado para atender à população rural que não recebe benefícios de outras políticas públicas do governo, e reside em áreas que tiveram estados de emergência ou calamidade decretados e reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional (MDA), por causa dos prejuízos provocados pela seca.
Demicheli observa que o subsídio foi utilizado no estado do Rio Grande do Sul há três anos, garantindo uma renda de R$ 300 para 96,3 mil trabalhadores rurais da região Sul, não amparados pelo SEAF - Seguro da Agricultura Familiar, num investimento total de R$ 28,9 milhões.
- Ações políticas desta qualidade poderiam está acontecendo, tendo em vista, que a situação em todo o Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha está caótica devido à longa estiagem. O trabalho desenvolvido pelo Ima, por exemplo, tem se voltado para a seca que já extrapolou todas as previsões realizadas, diz Ricardo. (SN)
