Cidade

Força-tarefa vai investigar suposto golpe

Com prejuízos, pais reclamam que curso de Bombeiro Aprendiz não foi cumprido em MOC

Alexandre Fonseca
Publicado em 17/03/2023 às 22:47.
Bombeiros, PM e PC apuram se Curso de Bombeiro Aprendiz Mirim é golpe (REPRODUÇÃO/INSTAGRAM)

Bombeiros, PM e PC apuram se Curso de Bombeiro Aprendiz Mirim é golpe (REPRODUÇÃO/INSTAGRAM)

Prejuízo financeiro e dor de cabeça. Essas são as queixas de algumas mães de Montes Claros, Norte de Minas, após contratarem um curso de Bombeiro Aprendiz Mirim para seus filhos. Com a promessa contratual que englobaria primeiros socorros, natação, ética e curso de inglês; curso de bombeiro aprendiz tem sede no Rio de Janeiro (RJ), elas pagaram R$1400 por cada inscrito, mais o valor do uniforme. Caso está sendo investigado em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil. 

Em contato com a redação do O NORTE, duas mães, Clara e Sofia (pseudônimos), que não quiseram ter suas identidades reveladas com receio de retaliação, contaram que as inscrições para o curso foram realizadas em novembro de 2022. As informações do curso foram, de acordo com elas, divulgadas em uma rede social. Sofia inscreveu os dois filhos, um de oito e outro de 13 anos e Clara também inscreveu o filho dela. A elas, foi informado que o curso só começaria após o Carnaval devido ao fim do recesso escolar infantil. “Depois do carnaval, as aulinhas começaram a acontecer. Porém, começaram a acontecer ao contrário do prometido. De 8h a 10h, atendia as crianças de cinco a sete anos; de 10h a meio-dia atendia as crianças de dez a quinze anos. Eu tinha dois filhos nessa idade, eu levava os dois. Daí, eu comecei a perceber que eram poucas as aulas, só aulas teóricas, com uma suspeita pedagoga, não tem nada do prometido”, conta Sofia.

Clara que pagou no cartão de crédito a inscrição do filho, também estranhou o conteúdo e a forma como as aulas estavam sendo ministradas. “Só depois que começaram as aulas, aí já tinha tido umas quatro a cinco aulas, é que percebemos o desfalque, a forma com que o curso estava sendo passado, que não tinha nada, nada do que eles tinham falado. Era simplesmente uma mulher, que até hoje a gente não sabe se ele é realmente bombeiro, passando informações para crianças, duas horas só falando, sem nenhum slide, sem nada prático, sem nada de material, falando um tanto de coisa” comenta. 
 
RESPONSABILIDADE 
Em contato com Luciano Marques, representante comercial da empresa carioca fornecedora do curso, foi informado que o projeto tem, aproximadamente 30 polos no Rio e mais 100 em todo o Brasil. E o que aconteceu em MOC foi um contrato de cessão de uso de marca e metodologia. “Nós só vamos executar a matrícula, quem ministra o curso é quem contrata. A gente fez a divulgação do projeto, mandamos um profissional para poder executar as matrículas, fazer a palestra e a apresentação. E, essa pessoa que nos contratou, que vai executar todas as aulas do curso. A partir dali a responsabilidade é dele” informou. 

O NORTE conseguiu o contato do contratante do curso em MOC, Lucas Keveny. Entretanto, até o fechamento dessa edição, o mesmo não foi localizado e não respondeu as perguntas enviadas. Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, por meio do segundo sargento Darwin Cândido da Silva, uma reunião foi marcada para a próxima terça-feira (21), às 15h com todos os pais e responsáveis.

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