
Neste sábado (15) acontece mais uma edição da Feirinha de Adoção, evento idealizado pela protetora independente Cláudia Bacchi e pelo veterinário Rafael Reis. A iniciativa surgiu em 2023, quando Cláudia e Rafael pensavam numa maneira de minimizar a situação de abandono dos animais domésticos. “Sem apoio do município, começamos a mobilizar alguns protetores e conseguimos formar uma equipe de excelência, com pessoas que tinham em comum o mesmo objetivo”, conta Claudia. Nascia então a “AAPINM-GUARDIÕES DA CAUSA ANIMAL”, que com suas ações já tirou das ruas mais 648 pets, entre cães e gatos. “São animaizinhos vivendo em situação de vulnerabilidade. Resgatamos, cuidamos e, quando eles recuperam a saúde, colocamos para adoção nas nossas feirinhas”, disse Cláudia.
Sandra Santos encontrou na feirinha uma alternativa para recuperar a alegria da filha Duda. “Minha filha tinha uma gatinha que caiu no quintal da vizinha e morreu. Ela ficou muito triste. Depois de alguns meses, passou um carro na minha rua, falando da feira que aconteceria em um bairro próximo. Então fomos lá e ela escolheu dois gatinhos, um cinza e um amarelo. Foi o pessoal da feira quem providenciou a castração dos felinos. Hoje esses dois fofinhos são a nossa alegria”, relata Sandra.
A Feirinha de Adoção chega à sua 22ª edição e, para Rafael, o sucesso do evento se deve, principalmente, à dedicação dos envolvidos e ao espírito de grupo. “Contamos com três veterinários na equipe. Fazemos o possível para auxiliar todos os protetores, com desconto nas consultas, cirurgias e exames. A associação realiza as feirinhas com os parceiros do bem, sem fins lucrativos, apenas com foco nas adoções. Acredito que por isso tem dado certo”, diz.
Sobre o nascimento da associação, ele lembra que, em um momento de resgate de dois cavalos, ele e Cláudia participaram auxiliando a Polícia Ambiental e tiveram que improvisar transporte, entre outros obstáculos. “Esses cavalos foram adotados, inclusive. Ali, pensamos na dificuldade dos protetores independentes, que não recebem recursos para realizar os resgates, consultas, cirurgias e tratamentos. Conseguimos montar um grupo com protetores do Norte de Minas, pois não temos membros apenas de Montes Claros. E, desse modo, contribuímos com a saúde pública”, destaca.
A Associação tem atualmente 32 parceiros. São eles que convidam e definem os locais nos quais as feiras serão realizadas. Antes de chegar à adoção, os animais resgatados são castrados e abrigados em lares temporários. A equipe faz também um trabalho de conscientização sobre maus tratos e abandonos. Todos os protetores têm a carteirinha para a identificação, com demandas específicas no grupo. Eduardo Canela, proprietário de uma loja de produtos para animais, conta que esta é a quarta edição em que participa. “Levantar essa bandeira da causa animal é imprescindível e ultrapassa o fator comercial. Acreditamos que destinar esses pets às famílias é o mais importante. Os pets ficam bem alojados durante a feira, temos também o apoio do Exército com as tendas e aguardamos a participação de toda a comunidade”, convida.